domingo, 21 de janeiro de 2007

Venda da «Penitenciária» de Lisboa

Ministro: Ainda «não está nada previsto» para substituir EPL
O ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou esta sexta-feira, em Lisboa, que «não está nada previsto para o edifício do Estabelecimento Prisional de Lisboa» (EPL), vendido pelo Estado à Sagestamo por 60 milhões de euros. «A única coisa que está prevista é a substituição do actual EPL por dois estabelecimentos prisionais», afirmou o ministro.
A Sagestamo é uma sociedade anónima de capitais públicos pertencente ao universo da Parpública, a holding estatal que gere as receitas das privatizações.Segundo declarações do secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça, Conde Rodrigues, dadas ao Diário de Notícias, a venda do EPL insere-se num plano de modernização do sistema prisional que passará pela desactivação de todos os estabelecimentos prisionais localizados nos centros das cidades.O EPL está localizado numa das zonas mais caras da cidade e o licenciamento dos seus futuros usos passa inevitavelmente pela Câmara de Lisboa.
Diário Digital / Lusa22-12-2006 18:36:17
Carmona Rodrigues desconhece futuro do EPL
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, afirmou hoje, em Lisboa, que desconhece o futuro do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL), vendido pelo Estado à «Sagestamo» por 60 milhões de euros.
«É uma notícia de que ainda não conheço os pormenores, portanto não me posso pronunciar», afirmou Carmona Rodrigues, acrescentando que falará «assim que tiver a informação necessária».
A «Sagestamo» é uma sociedade anónima de capitais públicos pertencente ao universo da Parpública, a «holding» estatal que gere as receitas das privatizações.
Segundo declarações do secretário de Estado Adjunto do ministro da Justiça, Conde Rodrigues, dadas ao Diário de Notícias, a venda do EPL insere-se num plano de modernização do sistema prisional que passará pela desactivação de todos os estabelecimentos prisionais localizados nos centros da cidade.
O EPL está localizado numa das zonas mais caras da cidade e o licenciamento dos seus futuros usos passa inevitavelmente pela Câmara de Lisboa.Diário Digital / Lusa22-12-2006 12:40:00

Venda do Estado a uma empresa estatal, porquê? Para quê? Com as vendas sucessivas, o que ganha o Estado? Quem ganha?

Quem serão os construtores favorecidos? A quem serão encomendados os muitos estudos «necessários» até à concretização do negócio?

Quem puder estar atento aos pormenores irá ter muito que meditar sobre o estado em que está a administração dos interesses nacionais, do Estado!
Postado por A. João Soares em 11:24

3 comentários

MRelvas disse...
Vendido a uma empresa estatal...depois será revendido e quem ganhará com isto tudo serão os construtores.Estes homens do betão são os que subsidiam os partidos...seja lá qual ele for!Amigo A. João Soares,desejo-lhe uma boa consoada.Mário Relvas
24-12-2006 12:17

Joé Maria Martins disse...
Caro A. João Soares
Excelente post.
Há falta de transparência nestes negócios. A grande fonte de alimentação da clientela política , passa pelos pareceres e estudos, encomendados a empresas de amigos do peito.São milhões de contos em estudos. Económicos, de impacto, jurídicos, urbanisticos, e outros.
Se o EPL é para desaparecer, então a transparência da actuação dos poderes públicos e a prossecução do interesse público passava pela venda dos terrenos de forma transparente e cristalina. Feliz Natal.
José Maria Martins.
24-12-2006 17:21

A. João Soares disse...
Aos amigos Mário Relvas e José Maria Martins agradeço a visita e a amabilidade dos comentários.
Os contribuintes menos protegidos têm de apertar os cintos, insistentemente, para os detentores do Poder poderem beneficiar os seus «amigos do peito» com estudos, pareceres e outros negócios sinuosos que dêem dinheiro fácil.
Votos de um Bom 2007
Abraços
A. João Soares
26-12-2006 15:39

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