terça-feira, 30 de janeiro de 2007

ESCOLA OU INCENTIVO À DEPRAVAÇÃO?

Tem sido muito badalado um inquérito, nas escolas, a crianças muito novas, acerca da vida sexual dos pais, com perguntas a que elas ou não respondem, por falta de informação adequada, ou exprimem a sua imaginação, ou respondem conscientemente por viverem em ambiente de promiscuidade, tipo T Zero onde vivem crianças misturadas com adultos.

Em qualquer destes casos, o inquérito aguça a curiosidade de crianças ainda imaturas para coisas que não lhes trazem valor acrescentado e que são do foro privado e íntimo do casal. Desenvolve-se, assim, logo na infância (de pequenino se torce o pepino), aquilo que é criticado aos adultos: o «voyeurismo», a bisbilhotice, a fofoquice, o espreitar pelo buraco da fechadura, a ingerência na privacidade dos outros. Fica a dúvida se o ministério da Educação, na sua ânsia de contribuir para o civismo e o são amadurecimento dos estudantes, futuros líderes do País, ensinando-os a ser adultos, pretende transformar toda esta geração jovem em detectives, «big brothers» ou espiões.
Quem seria o da ideia desta aberração que, nos seus contornos, parece ainda mais grave que a da TLEBS, ocorrida no mesmo ministério?
Os políticos pretendem justificar a sua impunidade perante a lei geral, dizendo que são «politicamente responsáveis». Mas que significa isso? Como é que uma ministra que tutela este inquérito continua em funções? Como é que também ainda não foi demitido o ministro que, durante negociações em Espanha declarou ser iberista? E que responsabilidade política foi exigida ao ministro que disse que a crise já tinha acabado, no momento em que um seu colega do executivo, em negociações salariais, utilizava o argumento de estarmos em crise? E como se explica a impunidade nos casos de frequentes contradições entre ministros e secretários de Estado como, por exemplo, no que se refere ao valor do aumento para a electricidade?
Por um lado, isto compreende-se por o Primeiro-Ministro não encontrar ninguém que se disponibilize para substituir estes falhados. Mas, a continuarmos assim, perdemos o pouco respeito que deveríamos ter pelos governantes. Estamos perante um caos sem sombra de organização, sem objectivos coerentes nem estratégia minimamente definida, num aglomerado de pessoas sem nada em comum, a não ser a ganância de poder e regalias. Aliás, não pode haver estratégia sem que os objectivos estejam clarificados.

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