quarta-feira, 24 de janeiro de 2007

SÓCRATES, MENDES E A CORRUPÇÃO

Ouso transcrever do DIÁRIO DIGITAL este artigo que vem ao encontro do que aqui tem sido publicado acerca da luta contra a corrupção.Eles discutem as suas tricas mas nada fica mais esclarecido sobre esse bicho que corrói as finanças públicas e autárquicas, a seriedade dos políticos e a coesão da sociedade portuguesa. Afinal querem essa luta ou não? O que pensam da corrupção? Será que a consideram menos perigosa do que o apito dourado ou os voos da CIA?. Como eu gostava de ficar mais esclarecido!!!

Sócrates e Marques Mendes trocam acusações sobre corrupção

O combate à corrupção e as propostas de João Cravinho motivaram esta quarta-feira uma acesa troca de palavras entre o primeiro-ministro e o líder social-democrata, com Marques Mendes a criticar a falta de vontade política do Governo e Sócrates a falar do «oportunismo político» dos sociais-democratas.

«Porque hesitam tanto neste combate?», questionou Marques Mendes na primeira intervenção da bancada do PSD no debate mensal com o governo, considerando «insólito» que a bancada socialista tenha rejeitado as propostas apresentadas pelo deputado do PS João Cravinho em matéria de corrupção.

«O sinal que está a ser dado é que não há vontade política a sério para combater a corrupção», salientou o líder social-democrata.Na resposta, José Sócrates disse não reconhecer a Marques Mendes «qualquer autoridade moral para dizer que o PSD quer combater mais a corrupção do que o PS» e garantiu não ter qualquer problema em explicar porque a maioria socialista não aceitou as propostas de João Cravinho.
«Mas nesse debate também ficará patente o total oportunismo político do PSD», acrescentou, explicando que os diplomas de João Cravinho foram rejeitados, pois são «duas propostas erradas», uma das quais «põe em causa direitos fundamentais», e outra «cria entidades de combate à corrupção que seriam negativas».

José Sócrates foi mais longe nas críticas ao líder social-democrata, chegando a classificar como «baixo oportunismo político» a intenção do PSD de recuperar as propostas de João Cravinho.

O primeiro-ministro recordou ainda a Marques Mendes que foi durante a vigência deste Governo que a procuradora-geral adjunta Maria José Morgado foi nomeada para «uma investigação importante», enquanto durante os Governos do PSD essa mesma magistrada «foi obrigada a demitir-se da Polícia Judiciária».

«Este é um Governo sem rabos de palha, um partido sem rabos de palha», garantiu ainda José Sócrates, arrancando palmas da bancada parlamentar do PS, à excepção do deputado socialista João Cravinho.Ainda antes desta troca de palavras acerca do combate à corrupção, Marques Mendes tinha já ouvido duras críticas do primeiro-ministro, que lamentou que o PSD continue sem apresentar um projecto político alternativo.

«Estes debates são também uma oportunidade para a oposição, que devia aproveitar para apresentar uma política alternativa. Mas, tenho constatado que dá essa oportunidade por perdida», sublinhou José Sócrates, na resposta à primeira intervenção de Marques Mendes que, a propósito das medidas apresentadas em matéria de alterações climáticas, disse apenas que se tratam de «medidas requentadas, que nada têm de substancialmente novo».

Numa referência à revisão do programa do PSD, que deverá estar concluída apenas no próximo ano, José Sócrates disse ainda que «o país não pode esperar tanto para que o PSD apresente um projecto político alternativo».

«O senhor tem sido incapaz de apresentar alternativas à altura da responsabilidade do PSD», acrescentou ainda José Sócrates.

A educação foi outro dos temas introduzidos por Marques Mendes no debate ao questionar o primeiro-ministro sobre o despacho recentemente publicado que acaba com a obrigatoriedade das provas globais no 9º ano e que, no entender do líder do PSD, representa «uma machadada no rigor» e uma «cedência ao facilitismo».
Críticas rejeitadas por José Sócrates, que assegurou que o fim das provas globais no 9º ano terá «uma consequência insignificante no percurso escolar» dos alunos, pois «o que importa em termos de exigência são os exames nacionais».
Diário Digital / Lusa24-01-2007 16:55:00

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