Por continuar a ter actualidade, visto nada ter sido alterado, reproduzo uma carta enviada aos jornais e publicada no Diário de Notícias de 22 de Fevereiro de 2004
É suposto que as rotundas servem para evitar excessos de velocidade e facilitar a distribuição do trânsito em cruzamentos de muito movimento, definindo claramente as prioridades e dispensando, na generalidade dos casos, os semáforos, demasiado rígidos sem flexibilidade para se adaptarem às variações dos fluxos de trânsito.
Para obter esse efeito, o centro das rotundas deve coincidir com o ponto em que se cruzam os eixos das vias convergentes, e, como os veículos que se aproximam têm de ceder a prioridade aos que já circulam na rotunda, as vias de acesso devem ter um traçado que obrigue à redução da velocidade e predisponha os condutores à paragem.
Porém, nem sempre é assim. Existem rotundas que, por não serem bem localizadas, convidam a que se desrespeite a prioridade e se criem situações de acidente. Na Avenida Infante D. Henrique, em Cascais, há duas rotundas que, não só não produzem redução da velocidade no sentido Sul-Norte como permitem que possa haver excesso de velocidade que pode chegar aos cento e muitos quilómetros por hora, em virtude de as rotundas serem quase tangentes ao eixo da via de acesso, e de os passeios terem um traçado a facilitar a velocidade.
A alegação de que as condições locais não permitem melhores condições para as rotundas não é válida. Há dias, reparei que uma rotunda na saída de Vendas Novas em direcção a Montemor-o-Novo, cumpre a sua finalidade, mesmo estando desviada do centro do cruzamento: os lancis dos passeios da via de acesso vinda de Leste estão implantados de tal forma que o eixo desta está dirigido para o centro da rotunda, evitando assim a tangente convidativa aos excessos.
Em Cascais, além das duas rotundas referidas podem ser citadas a da R. Joaquim Ereira junto à Escola e a da Marginal junto ao Hipermercado, sendo que esta é compensada pela existência de semáforos.
Julga-se imperioso rever o traçado da via e dos passeios por forma a impedir excessos de velocidade no acesso às rotundas, que muitas vezes obrigam a quem já está a contorná-las a travar para não ser abalroado por alguém que aparece da direita (mas sem prioridade) com velocidade excessiva. Num país em que não predomina o civismo deve haver cuidado com as infra-estruturas por forma a não estimularem excessos perigosos.
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É suposto que as rotundas servem para evitar excessos de velocidade e facilitar a distribuição do trânsito em cruzamentos de muito movimento, definindo claramente as prioridades e dispensando, na generalidade dos casos, os semáforos, demasiado rígidos sem flexibilidade para se adaptarem às variações dos fluxos de trânsito.
Para obter esse efeito, o centro das rotundas deve coincidir com o ponto em que se cruzam os eixos das vias convergentes, e, como os veículos que se aproximam têm de ceder a prioridade aos que já circulam na rotunda, as vias de acesso devem ter um traçado que obrigue à redução da velocidade e predisponha os condutores à paragem.
Porém, nem sempre é assim. Existem rotundas que, por não serem bem localizadas, convidam a que se desrespeite a prioridade e se criem situações de acidente. Na Avenida Infante D. Henrique, em Cascais, há duas rotundas que, não só não produzem redução da velocidade no sentido Sul-Norte como permitem que possa haver excesso de velocidade que pode chegar aos cento e muitos quilómetros por hora, em virtude de as rotundas serem quase tangentes ao eixo da via de acesso, e de os passeios terem um traçado a facilitar a velocidade.
A alegação de que as condições locais não permitem melhores condições para as rotundas não é válida. Há dias, reparei que uma rotunda na saída de Vendas Novas em direcção a Montemor-o-Novo, cumpre a sua finalidade, mesmo estando desviada do centro do cruzamento: os lancis dos passeios da via de acesso vinda de Leste estão implantados de tal forma que o eixo desta está dirigido para o centro da rotunda, evitando assim a tangente convidativa aos excessos.
Em Cascais, além das duas rotundas referidas podem ser citadas a da R. Joaquim Ereira junto à Escola e a da Marginal junto ao Hipermercado, sendo que esta é compensada pela existência de semáforos.
Julga-se imperioso rever o traçado da via e dos passeios por forma a impedir excessos de velocidade no acesso às rotundas, que muitas vezes obrigam a quem já está a contorná-las a travar para não ser abalroado por alguém que aparece da direita (mas sem prioridade) com velocidade excessiva. Num país em que não predomina o civismo deve haver cuidado com as infra-estruturas por forma a não estimularem excessos perigosos.
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