Corrupção: acusações no PS
Cravinho diz que Alberto Martins transmitiu publicamente um «entendimento falso» sobre as conclusões do partido. João Cravinho acusou hoje o líder da bancada socialista de ter transmitido publicamente um «entendimento falso» sobre as conclusões do PS em matéria de corrupção - acusação que motivou uma resposta de Alberto Martins.
O «protesto» do deputado do PS, que deixará em breve o Parlamento, consta de uma carta dirigida a Alberto Martins a que a agência Lusa teve acesso, onde nega ter havido propostas suas rejeitadas pelos deputados socialistas.
No entanto, na carta de resposta, Alberto Martins insiste que houve propostas de Cravinho que não obtiveram «o acolhimento» dos deputados socialistas.
Na missiva dirigida ao líder da bancada socialista, Cravinho refere-se à reunião do Grupo Parlamentar do PS da passada quinta-feira para dizer que foram consensualizadas dez propostas, sete das quais da sua iniciativa.
«Quanto às minhas restantes propostas, exprimiram-se diversas opiniões, não tendo havido mais qualquer outro consenso. Também não houve qualquer voto ou decisão, fosse porque via fosse, da sua aceitação ou rejeição, tendo sido deliberado prosseguir a discussão no futuro», refere o ex-ministro de António Guterres.
De acordo com Cravinho, nessa reunião, «vários deputados manifestaram muito claramente a impossibilidade de definirem a sua vontade perante matérias tão complexas, devido ao facto de os deputados apenas poderem ter tido conhecimento das propostas concretas na própria hora do início da reunião».
«Portanto, o Grupo Parlamentar do PS não aceitou como também não rejeitou as propostas não consensualizadas à entrada da reunião, tendo decidido tão-somente continuar a sua apreciação, sem prejuízo das opiniões até então manifestadas», aponta.
No entanto, segundo Cravinho, com base nas declarações de Alberto Martins «hoje, órgãos de comunicação de referência noticiam com relevo de pagina inteira (DN) ou chamadas à primeira pagina (Público) que o PS, no caso o Grupo Parlamentar, chumbou ou rejeitou» as suas propostas, «designadamente por inconsistência».
Ainda de acordo com Cravinho, Alberto Martins transmitiu publicamente que as suas propostas «eram julgadas inadequadas e inconsistentes».
«O cidadão Alberto Martins tem todo o direito de dizer o que lhe aprouver. O presidente da bancada do PS, exprimindo-se inequivocamente nessa condição, não tem o direito de fazer incorrer a comunicação social em entendimento falso do que foi efectivamente concluído, resolvido, ou rejeitado», diz.Na resposta a Cravinho, Alberto Martins sublinha que a bancada «assumiu como suas, para agendamento, o elenco das dez propostas constantes das conclusões apuradas pelo grupo de trabalho que sobre esta matéria reflectiu nos últimos meses».
«As restantes propostas de tua autoria não mereceram acolhimento e consenso do grupo parlamentar para serem objecto de agendamento pelas razões publicamente enunciadas», contrapôs o presidente do grupo parlamentar do PS.
Do Portugal Diário.
NOTA: Os políticos, logicamente, serão os últimos interessados no combate à corrupção. Este texto mostra que assim é. E João Cravinho tinha que sair do palco. recebeu um ponta-pé pela escada acima e foi para um alto cargo.
Postado por A. João Soares em 21:42
1 comentários:
Beezzblogger disse...
Oh amigo João Soares, verdade verdadinha, é uma pescadinha de rabo na boca, ah pois é!Esta classe, apodrece-nos o país.
Bem haja, abraços do beezz
19-01-2007 21:52
A Decisão do TEDH (396)
Há 1 hora
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