A proposta de mexer nos feriados com argumentos que manipulam “os conceitos de produtividade e competitividade” está a confundir os opinadores. Se por um lado poderá ter vantagens no aumento de assiduidade ao trabalho, por outro contraria os hábitos da população o que pode significar perda de votos e este é um argumento muito forte para uso dos partidos.
Quanto á perda ou ganho de votos, tem-se notado que os partidos costumam decidir em favor dos piores defeitos da população muito avessa ao trabalho, ao rigor, à cultura, ao conhecimento, etc. Por isso, em tom irónico, há pouco mais de 20 meses apresentava uma sugestão que granjearia muitos votos!
Voltei a referir tal solução em 19 de Maio em Feriados mais «produtivos». Que tal, senhores políticos? Como encaram tal solução? Acham que o desenvolvimento se atrasaria muito mais com isso? Ou será que estão convencidos de que, uma vez por outra, devem olhar para os interesses nacionais? Agora parece que começa novamente a falar-se da Pátria!!!
Imagem da Internet.
sábado, 19 de junho de 2010
Feriados e pontes
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3 comentários:
Caro amigo A João Soares, eu acho que neste pontos os feriados, seguidos de ponte, em nada prejudicam a nossa produtividade, mas dou-lhe um exemplo:
Sabe porque é que o país, segundo os entendidos (cada vez há mais) tem baixa produtividade (embora eu duvide dessas estatísticas, que mais à frente lhe direi porquê)?
Pela simples razão de que, eu não conheço um assalariado, nestes últimos 10 anos que ande contente com o que faz e o valor que recebe pelo seu trabalho, abaixo da média europeia. Somos o país onde se trabalha mais horas semanais, e onde se ganha menos, Temos as piores lideranças nas empresas (muitas vezes por compadrios e factores de "cunha") do que a maioria dos países da Europa, ou seja, só vai para chefe, e a começar no topo, quem for lambe-botas e corrupto.
Na minha empresa, e falo do que conheço, toda a gente anda desmotivada pelo simples facto de que à pelo menos 5 anos a folha salarial não é mexida, com as situações do custo de vida a aumentarem de dia para dia, e ainda agora agravadas pela austeridade imposta. Creio mesmo que a falta de produtividade se deve à falta de salários justos, e de condições de vida para os trabalhadores,
Veja-se o facto de qualquer país para o qual um trabalhador emigre, que é logo considerado um dos melhores trabalhadores e dos mais produtivos nesse país, é a nossa fama lá fora, dê-nos condições cá dentro que seremos e continuaremos a ser os melhores trabalhadores do mundo.
Um Abraço do amigo.
Carlos Rocha
@Beezz
Caro Carlos Rocha,
Como consta num post recente a seguinte frase de Manuel António Pina
«E sucessivos estudos internacionais demonstram que a baixa produtividade das empresas portuguesas resulta sobretudo da má qualidade da gestão e do deficiente planeamento e organização do trabalho.» Isto está de acordo com o que o meu amigo diz.
Há uma notória incapacidade de gestão nas empresas e os seus donos pretendem lucros de qualquer forma e feitio, doa a quem doer. Acabam por explorar a mão-de-obra e os clientes. Quando ouço dizer o slogan de propaganda «compre feito em Portugal», fico arrepiado porque isso é premiar a incompetência dos empresários. Estes precisam do estímulo que seria dado por um slogan do género, ao comprar «escolha o produto que tenha uma melhor relação preço/qualidade». Isso incitaria o cliente a olhar bem para o produto que compra, procurar vários fornecedores e escolher o melhor. Para os empresários isso iria obrigar a fazer competitividade honesta.
O gestor empresarial deve ter sempre em atenção que além do lucro (remuneração do capital)deve pensar na remuneração da mão de obra, na satisfação dos clientes, nos pagamentos a fornecedores e na função social na sua localidade e no País (mecenato).
Sem olhar para esses factores, com humanidade e sentido de justiça social, arrisca-se a fracassar.
Um abraço
João
Sempre Jovens
Depois dos feriados talvez venham a pensar nos fins-de-semana e coisa e tal...
Um factor que entra na "equação" do aumento de produtividade é a satisfação e realização dos trabalhadores. Será que os senhores deputados da nação já se debruçaram sobre este factor? Será pedir demasiado?
Cumps
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