sexta-feira, 11 de junho de 2010

É urgente uma ruptura seguida de reestruturação

O PR mostrou estar consciente de que o país vive uma situação insustentável e apelou à coesão e à repartição dos sacrifícios “de forma equitativa e justa”, o que vem ao encontro de sugestões já aqui trazidas a lume. A solução não se obterá com «paninhos quentes» mas exige a eliminação das causas reais que estiveram na origem e na continuação da crise, e já aqui enumeradas quer em posts quer em comentários.

No post Cortar o défice, reformar o regime, além do repetidamente referido código para bem governar era referido Código ou compromisso alargado e duradouro sugerido numa reunião de empresários que, agora, tem condições para ser preparado dada a unidade suscitada entre os parceiros sociais em resposta ao apelo do PR.

Existe, assim, um momento a não desperdiçar para Portugal procurar uma estratégia para um novo ciclo e para se efectuar um «contrato de coesão», com o qual se imponham valores éticos, se combata a corrupção e os gastos exagerados e sem justificação racional, a fim de conseguir a «valorização do potencial do País». É altura de nos consciencializarmos, a começar pelos políticos, de que «acabou a ilusão» e de que a crise não desaparecerá por acção de varinha mágica, mas irá continuar «neste ano e no próximo», pelo menos.

Vamos estar atentos às acções inteligentes, patrióticas, supra-partidárias, colocando os interesses nacionais como alvo a atingir, acima de tudo, e eliminando com coragem e frontalidade todos os vírus e bactérias que sugam imoralmente os recursos financeiros de Portugal, acabando com todas as benesses especiais que criam cidadãos de primeira acima de todos os cidadãos nacionais.

6 comentários:

Zé Povinho disse...

É preciso ir além das palavras, dos discursos bonitinhos. Cavaco esteve lá e não fez nada para obviar às desigualdades. Hoje é Presidente e actua como a raínha de Inglaterra, esquecendo-se que não é monarca e que foi eleito por votação dos eleitores. Exige-se mais dum Presidente.
Abraço do Zé

ALG disse...

O PR, se realmente está convencido do que expressou, só tem um caminho e agir em consonância... a não ser que esteja a pensar... na sua reeleição, exclusivamente!
Isto de já chega de discursos, é mais do que tempo de agir.
Abraço!

A. João Soares disse...

Caro Amigo Zé,

Se bem pensarmos, antes de haver uma ruptura com o regime actual que nos conduziu à crise e que, para sairmos dela, oprime mais os já oprimidos, mas mantém os vícios dos poderosos, com bons carros, muitos assessores, bons salários, bons prémios, reformas acumuladas, etc, as palavras não passam de palavras porque tudo continuará na mesma, isto é o povo é o mexilhão do ditado popular.
Os actos serão apenas uns retoques cosméticos que nada de fundo alteram da exploração dos parasitas que se servem em vez de servir o povo que os elegeu.
Veja se alguém já falou em estabelecer um limite máximo das reformas, ou em fixar que todos os cargos públicos não eleitos pelo povo serão preenchidos por concurso público aberto a toda a gente com capacidade para o seu desempenho, ou se é estabelecido um limite de salário para os assessores, etc. etc.
Continuamos por palavras e discursos bonitinhos.

Por isso é preciso que utilizemos essas palavras e esses discursos para depois se criticar os procedimentos que não estejam coerentes com eles.

Um abraço
João
Só imagens

A. João Soares disse...

Caro ALG,

As imagens que recebemos dos nossos políticos levam a crer que não são tão carentes de inteligência como alguns cidadãos crêem. Estão convencidos daquilo que dizem e da razão por que o dizem, mas as finalidades que pretendem nunca são claras e transparentes. Por isso que, a nosso ver, não há coerência entre as palavras e os actos. Funcionam como «criativos não praticantes» como alguém recentemente os catalogou.

A esperança deles, ao falarem de união, é que haja uma aceitação dos poderosos de hoje, aqueles que se encheram e continuam a encher de dinheiro, imoralmente, à custa do orçamento.
Mas concordo que deveria haver união para acabar com os corruptos, com as sanguessugas do erário, com os vícios enraizados e reestruturar o País de forma mais humana, para as pessoas, com mais justiça social, sem uma cambada de privilegiados que servem à nossa custa e que criaram um edifício legal que os torna imunes e impunes.

Um abraço
João
Só imagens

Luis disse...

Caro JOão,
Para além da crise mundial que vivemos internamente temos uma crise de "regime" e assim torna-se urgente uma sua ruptura seguida de reestruturação do mesmo como tu bem apresentas.
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Precisamos de novos políticos, mais jovens, com o futuro pela frente e ainda não viciados nas manhas da politiquice e do enriquecimento ilícito.

Depois se olharem para os países mais sérios encontram modelos de fácil adaptação ao nosso povo e às nossas antigas tradições, restaurando os valores ético que andam esquecidos.

Um abraço
João
Só imagens