domingo, 6 de junho de 2010

Fernando Nobre não é culpado do actual sistema

O candidato afirma, com legítima vaidade, que nunca viveu do sistema e não tem mais culpas na actual situação do país do que qualquer vulgar cidadão. O mesmo não se passa com os outros candidatos já publicamente referidos que estão na causa da actual crise. E desafia que quem desejar continuar com o sistema que tem vigorado até hoje e que gerou a actual crise grave que vote nos candidatos do sistema. Para Nobre, os “candidatos do sistema” levaram o país “à situação em que está, e têm responsabilidades acrescidas em relação a mim. Se querem por uma vez ter a possibilidade de uma mudança radical...”

Quando lhe perguntam se se considera um homem de esquerda ou de direita, Nobre responde: “mais do que palavras - acho que as palavras estão gastas e esgotadas - são as acções. De palavreado é muito fácil dar-se um carimbo de esquerda ou de direita. Eu demonstrei na prática o que sou, e não foi em seis meses ou num ano - levo 31 anos de intervenção social”. “Na fase em que o nosso país está não é o momento de ostracizar seja quem for. Nós precisamos de nos unir”, acrescenta.

“Se eu chegar a Belém, como calculo chegar, dos dez desígnios nacionais pelos quais eu pugnarei, um deles vai ser a agricultura”, afirmou Fernando Nobre, em declarações aos jornalistas durante uma visita à Feira da Agricultura, em Santarém. Classificou a agricultura como um “sector vital”, lamentando a falta de atenção que lhe tem sido dada.

“Não estamos a dar a atenção devida e, se não estamos a dar, não teremos os investimentos necessários e um agricultor não se prepara de um dia para o outro”,

“Eu sou daqueles que pugno para que, em vez de estarmos a importar cerca de 70 por cento do nosso consumo alimentício, nós poderíamos tentar atingir a auto-satisfação, a auto-suficiência alimentar, [ou], pelo menos, diminuir drasticamente a nossa dependência exterior quanto aos alimentos”.

2 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Parece-me que apareceu Alguém que merece crédito, só espero que se ganhar não venha a ser "mais um" para a desgraça...
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Sem dúvida que está virgem dos vícios do «sistema». Mas não podemos esperar milagres, porque se não obrigar os partidos a remodelar o sistema de forma radical, se não provocar uma ruptura como preconizado em http://domirante.blogspot.com/2010/06/ruptura-com-reestruturacao-inteligente.html, será esmagado pela máquina existente e tudo continuará a descida para o abismo.

São precisas realmente pessoas livres, inovadoras, reorganizadoras e com coragem para lutar contra os vícios já bem diagnosticados, mas que não têm sido remediados por egoísmo e ambição dos políticos que ainda temos.

Não há duvidas que este, de entre os que têm aparecido parece ser o que se apresenta com maior patriotismo, a pensar mais nos portugueses.

Um abraço
http://foiporbem.blogspot.com/