segunda-feira, 21 de junho de 2010

Insegurança Interna

Duas notícias fazem reflectir nas condições em que se encontra a segurança de pessoas e bens e a forma pouco eficiente como as autoridades têm agido nesse campo.

Frequentemente, surgem vozes a prever que o povo ver-se-á progressivamente levado a fazer justiça pelas próprias mãos.

Na região de Penacova um incendiário foi apanhado e agredido pela população tendo que receber tratamento no hospital. Deslocava-se pela estrada e com um isqueiro ia ateando pequenos focos de incêndio. Sabe-se que em todas as épocas estivais, dos muitos incendiários detidos, poucos são condenados de forma a não reincidirem.

Outra notícia fala da iniciativa tomada pela Câmara de Setúbal de contratar reformados, entre os 50 e os 80 anos para como patrulheiros assegurarem mais segurança na cidade.

Isto demonstra uma sensação real e geral de que o MAI e o MJ não possuem a eficiência suficiente para as missões que deles são esperadas e a população e autarquias estão a deitar mão a soluções alternativas que apresentam graves inconvenientes. Tais formas de garantir a necessária segurança para viver e trabalhar sem preocupações especiais, são certamente descoordenadas, podendo agir com excessos e arbitrariedades que originem, das partes contrárias, reacções desproporcionadas e muito desagradáveis para a Ordem Pública em geral.

Neste espaço têm sido publicados vários posts referindo este tema, de entre os quais se retiraram os seguintes links, alinhados por ordem cronológica:

- O MAI responde ou pergunta pela segurança interna?
- Privatizar a ordem pública???
- Bela Vista exige ponderação
- Que dizem a isto o PM. o MAI e o MJ???
- Governo responde à insegurança?
- Justiça, segurança, insuficiente
- Como vai a Justiça e a ordem pública?
- O estado da Segurança Interna do Estado
- A Justiça do Estado ou o estado da justiça?

4 comentários:

Zé Povinho disse...

Quando a prevenção não é feita e quando a Justiça falha...
Esperemos que alguém comece a levar isto mais a sério, senão a justiça pode cair em mãos erradas e deixará de haver Justiça.
Abraço do Zé

A. João Soares disse...

Caro Zé Povinho,

Para a segurança interna, ou ordem pública, funcionarem bem é preciso haver prevenção, detecção oportuna de infracções, julgamento rápido e repressão, enquanto não houver um grau de civismo que dispense essas acções de autoridade e de força.

Se começa a permitir-se a acção popular, a segurança privada generalizada, o povo começa a gostar do sabor do Poder e será o início de sublevações, de revoltas e de reestruturação de um novo regime. É certo que esse resultado é desejável, para se acabar com a bagunça de políticos a sacarem o máximo do País em benefício próprio.
O caso mais actual de tal bagunça é o relatado na notícia Fundação Alter Real está a ser investigada por denúncia de uma directora
em que os três mais altos responsáveis são boys nomeados por amiguismo e que têm um passado pouco aconselhável para tais funções.

Um abraço
João

Luis disse...

Caro Amigo João,
O meu grande medo aquando das sublevações ou alterações de regime é o aproveitamento dos "chicos-espertos" que podem tomar conta do Poder desvirtuando as razões dos que iniciaram as acções. Vejam-se os diversos exemplos que se verificaram até agora!!!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Isso é um perigo real. Só poderia ser reduzido se as pessoas não estivessem tão apáticas, sempre prontas a seguir o pastor que se coloque à frente do rebanho com o cajado.
Deviam estar esclarecidas e saber ver o que se passa e interpretar os «sábios» que falam bem semeando ilusões e falsas promessas.
O perigo está à espreita, o Absolutismo na maior !!!. Isto aprece subtilmente, progressivamente, controlando os cargos públicos, metendo chipes nos carros, etc.

Um abraço
João