quinta-feira, 6 de maio de 2010

Há deputados a mais, sem dúvida!!!

Francisco Assis que, por vezes, é acusado de insensato e sem sentido de Estado, por apoiar situações e soluções aparentemente desprovidas de ética, tomou agora uma atitude muito louvável conforma diz a notícia transcrita a seguiur:

Francisco Assis avisa contra faltas e atrasos dos deputados
Público. 06.05.2010 - 13:43 Por Nuno Simas

Francisco Assis fez um aviso sério aos deputados socialistas para não faltarem tanto nem chegarem tão atrasados às reuniões da Assembleia da República.

O líder e a direcção da bancada do PS não gostaram de ver que tantos deputados faltem às reuniões plenárias. “Intolerável”, afirmou na habitual reunião da semana, hoje de manhã com o grupo parlamentar socialista.

Na última sexta-feira, no debate quinzenal com o primeiro-ministro estiveram presentes estiveram 42 deputados da bancada rosa. Contas feitas pela própria direcção da bancada socialista.

No final da reunião, Assis foi confrontado pelos jornalistas com a assiduidade dos deputados e remeteu a questão para o problema da pontualidade. Ele, que foi eurodeputado durante cinco anos, disse que a falta de assiduidade é “um hábito que nos afasta da Europa”.


NOTA: Com esta crítica à falta de assiduidade dos deputados socialistas, veio provar que existe, da parte dos deputados, consciência de que são em número exageradamente elevado e, portanto, desnecessários, dispensáveis e supérfluos, não havendo inconveniente em faltarem ou chegarem atrasados.

Já a mesma conclusão tinha sido tirada em outros momentos da vida da AR, como referiram os posts «Disciplina de voto, deputados a mais?» em 10 de Outubro de 2008, «Presentes menos de 50 dos 230 deputados» em 6 de Novembro de 2008, e «Há deputados a mais» em 6 de Dezembro de 2008.

Francisco Assis merece ser aplaudido por esta prova pública de sentido de Estado e de dignidade, mas não pode ficar por aqui, devendo retirar as devidas consequências e tratar da redução da quantidade de deputados e, depois, reorganizar os «trabalhos» dos eleitos por forma a realizarem as suas obrigações, para as quais foram eleitos, com mais eficácia e maior economia para benefício dos cidadãos contribuintes. Os portugueses ficarão muito agradecidos e não esperam menos do que isso.

4 comentários:

Pata Negra disse...

A redução do número de deputados é um assunto que interessa ao PS e a PSD. Não foi ainda posta em prática porque ainda não se entenderam nas contas de "hondtunianas" que interessem aos dois. A redução do nº de deputados, quando for posta em prática será de forma a impedir a representação parlamentar dos pequenos partidos - da voz da minorias - e o surgimento de novas forças políticas que possam fazer moças no desenho partidário do centrão. Acho, portanto, que este é um falso problema: não existem deputados a mais, existem é muitos deputados que não merecem o lugar -sabemos como são seleccionados e sabemos como são eleitos.
Um abraço discordante

Pedro Coimbra disse...

Numa semana em que tem sido particularmente infeliz, desta vez Fancisco Assis ficou bem no retrato.
Um abraço

Luis disse...

Caro João,
Discordo que se diga que não há deputados a mais. Há e são um sorvedouro de gastos "pornográficos"! É só ver o Orçamento da AR para este ano...
Quanto à representatividade dos partidos na AR isso terá que ser visto com cautelas e instituir-se forma de os partidos mais pequenos não virem a ser prejudicados por "métodos de Hondt" e outros semelhantes...
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caros Amigos Pata Negra, Pedro Coimbra e Luís,

Realmente Assis, tomou uma atitude decente, mas logo a estragou quando saiu a apoiar o aldrabão que praticou o «furto directo» dos gravadores.
Os deputados, eles próprios se consideram a mais e desnecessários por isso não comparecem ou chegam atrasados ou vão picar o ponto e afastam-se para as suas vidas ou dentro das sessões brincam com as suas «quintas virtuais».
Uns miúdos reguilas que se divertem à custa dos impostos dos contribuintes.
Talvez fossem úteis se passassem duas ou três horas por semana a receberem cidadãos e a conhecerem os problemas que afligem os portugueses e se dedicassem durante duas horas por dia a estudar as soluções para o País, para encararem a sério os interesses nacionais. Se isso acontecesse, ninguém repararia que estão a mais em relação ao pouco ou nada que produzem.
Se acompanhassem cuidadosamente os actos do Governo, talvez o País estivesse mais afastado da cauda da Europa e do Mundo.

Abraços
João
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