Há notícias que são de tal forma chocantes que custa a acreditar que não sejam boatos mal intencionados. Com isto, não quero dizer mal dos jornalistas nem defender que se mate o mensageiro quando a notícia desagrada. Defendo, isso sim, que se premeie o miúdo que grita «O Rei vai nu».
O meu choque é pelos factos relatados pois gostava de ver moralidade, correcção de comportamentos e rigor no desempenho de funções. Uma notícia diz «Advogado com prisão para cumprir passeia no Porto». Apesar de ter sido condenado a quatro anos de prisão por burla agravada foi visto esta semana a circular numa rua do centro do Porto. O paradeiro de Hélder Martins Leitão é desconhecido das autoridades, desde há mais de um ano.
Não deve ser do Benfica (!!!), pois se o fosse estaria à sombra como esteve o advogado João Valle e Azevedo. É curioso a autoridade não conseguir encontrar o criminoso condenado e levá-lo para o cárcere! Deve pertencer ao partido do poder, para poder continuar livre. E pelos vistos o crime foi mais grave do que um mero furto directo de gravadores de jornalistas. Onde mora a autoridade neste País? E não se exigem responsabilidades a ninguém?
Por outro lado, apesar do discutido funcionamento da Justiça e de o advogado José Maria Martins ter sugerido no seu blogue que «o PGR deve é demitir-se ou ser demitido» , o «Governo cria lei que mantém vice-PGR a trabalhar reformado». Porquê e para quê? Quando há tanto desemprego, parece pouco racional permitir que se continue a «trabalhar» depois dos 70 anos!!! Será que não existe nenhum magistrado em idade activa para desempenhar tão difícil tarefa?. Ou trata-se de compadrio, conivência cumplicidade ou recompensa de serviços prestados ou punição por não se ter esforçado devidamente durante os anis de serviço!!!? Todas as dúvidas são pertinentes. Como compreender isto em democracia? Onde está lógica democrática, ou a «ética republicada» como lhe chama Manuel Alegre?
Enfim as notícias são de tal forma incompreensíveis que mais parece uma cabala mal engendrada. Como se podem compreender as mentalidade das «autoridades»?
A Decisão do TEDH (394)
Há 1 minuto
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