Transcrição do blog A Tulha do Atílio
A revolta do Presidente da AMI
(…) O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma". (…)
(…) No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais". Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros enquanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável!
Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".
Agora em Viana do Castelo voltou a dizer: (…) "Acho que vale a pena pensarmos antes de mergulharmos, porque uma vez o mergulho feito é irreversível. A questão dos 10 estádios de futebol no nosso país [para o Europeu de 2004] já foi prova cabal que, por vezes, avançamos para enormes investimentos sem termos acautelado a sua rentabilidade e a sua sustentabilidade". "No que diz respeito ao momento actual, temos de pensar duas ou três vezes antes de fazermos o mesmo tipo de investimento".(…)
(…) Para o candidato presidencial, é preciso gerir o país "como cada um de nós gere as suas famílias". "Todo e qualquer investimento tem de ser pensado, repensado. E sinto-me recompensado porque até o próprio ainda governador do Banco de Portugal veio alertar sobre essa matéria. Por isso, vamos pensar, com cabeça, tronco e membros, o que é que importa exactamente para o país e para o seu futuro",disse ainda.
A revolta do Presidente da AMI
(…) O presidente da AMI, visivelmente emocionado com o apelo que tenta lançar aos economistas presentes no Funchal, pediu mesmo que "pensem mais do que dois minutos em tudo isto". Para Fernando Nobre "não é justo que alguém chegue à sua empresa e duplique o seu próprio salário ao mesmo tempo que faz uma redução de pessoal. Nada mais vai ficar na mesma", criticou, garantindo que a sociedade "não vai aceitar que tudo fique na mesma". (…)
(…) No final da sua intervenção, Fernando Nobre apontou baterias a uma pequena parte da plateia, composta por jovens estudantes, citando para isso Sophia de Mello Breyner. "Nada é mais triste que um ser humano mais acomodado", citou, virando-se depois para os jovens e desafiando-os: "Não se deixem acomodar. Sejam críticos, exigentes. A vossa geração será a primeira com menos do que os vossos pais". Fernando Nobre ainda atacou todos aqueles que "acumulam reformas que podem chegar aos 20 mil euros enquanto outros vivem com pensões de 130, 150 ou 200 euros... Não é um Estado viável!
Sejamos mais humanos, inteligentes e sensíveis".
Agora em Viana do Castelo voltou a dizer: (…) "Acho que vale a pena pensarmos antes de mergulharmos, porque uma vez o mergulho feito é irreversível. A questão dos 10 estádios de futebol no nosso país [para o Europeu de 2004] já foi prova cabal que, por vezes, avançamos para enormes investimentos sem termos acautelado a sua rentabilidade e a sua sustentabilidade". "No que diz respeito ao momento actual, temos de pensar duas ou três vezes antes de fazermos o mesmo tipo de investimento".(…)
(…) Para o candidato presidencial, é preciso gerir o país "como cada um de nós gere as suas famílias". "Todo e qualquer investimento tem de ser pensado, repensado. E sinto-me recompensado porque até o próprio ainda governador do Banco de Portugal veio alertar sobre essa matéria. Por isso, vamos pensar, com cabeça, tronco e membros, o que é que importa exactamente para o país e para o seu futuro",disse ainda.
2 comentários:
Caro João,
Grato pela tua difusão deste post que me parece muito oportuno dada a "teimosia", que eu até diria "obstinação" na manutenção de obras megalómanas que em nada irão beneficiar o povo Português e o vão é "encalacrar" ainda mais com os gastos das mesmas e os respectivos "escorreganços" que acontecem sempre nestes casos... neste momento de crise grave que se vive!
Um forte abraço e um bom fds.
Caro Luís,
Este post representa mais um fenómeno estranho que se passa com os nossos políticos. Fernando Nobre nada diz de especial, nada que qualquer pessoa sensata não saiba.
O que é muito estranho é que os governantes não tenham o mesmo entendimento. Claro que eles estão condicionados pelos reais detentores do Poder - os homens do capital - bancos e grandes empresários que têm negócios com o Estado. São esses que constituem os «lares de terceira idade» em que se asilam todos os que passam pela política. Repara onde estão os ex-governantes e ex-autarcas, o percurso do Vara, dos do BPN, do BPP, da Mota-Engil, etc.
Além desse lar, há entretanto os «robalos», os «equipamentos de futebol», etc. Isto é o que se passa com os que detêm o poder, mas abaixo destes há o tráfico de influências, em que se insere a conquista da simpatia dos líderes e assim surge uma claque de aplauso á obsessão, à teimosia a que te referes. Foi essa claque que fez a recepção ao Paulo Pedroso quando saiu da Penitenciária e agora ao tipo do «furto directo» dos gravadores. Esse grupo engloba todos os deputados na esperança de serem candidatos nas próximas eleições. Têm de demonstrar obediência canina incondicional.
Alguns chegam a tomar atitudes contraditórias com curtos intervalos.
Trata-se de um circo dramático porque o povo é quem sofre. O Governo, para reduzir as despesas, em vez de reduzir a quantidade de tachistas ou reduzir as suas benesses, decidiu reduzir o subsídio dos desempregados. Seria de rir se não fosse dramático, quando já é tão grande a diferença entre os mais ricos e os mais pobres.
Dou os parabéns a Fernando Nobre por ter falado neste caso em termos simples compreensíveis por todos os portugueses, sem a intelectualidade daqueles que falam para mostrarem competência mas sem transmitirem ideias para os não doutorados.
Estas questões deviam ser mais debatidas por palavras simples para que o povo vote com consciência ou deixe de votar por não ter confiança em nenhuma das listas candidatas. Mas esse esclarecimento não interessa aos detentores do poder e, por isso, mantém-se a burka a encobrir todas as manobras.
Um abraço
João
Só imagens
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