Transcrição de artigo que merece ser ponderado, seguido de NOTA
Viajar menos e trabalhar mais!
Jornal de Notícias. 26-05-2010. Por Manuel Serrão
A diminuição dos salários dos políticos não vai causar um impacto decisivo nas contas a fazer para a redução do défice, mas tem um valor simbólico que não devemos negligenciar. Quando as agruras da crise obrigam o Estado a aumentar os impostos em geral e a cortar nos rendimentos dos seus funcionários, não podem existir "uns funcionários" que sejam menos funcionários públicos que outros.
A medida soprada por Passos Coelho e aceite por Sócrates é o mínimo que a classe política tinha de assumir para não correr o risco de ser vilipendiada na praça pública por quem acha que são os seus membros os principais responsáveis pelo mau momento financeiro do país. Já aqui vimos que não são só eles... mas enfim.
Sendo verdade que estas "mensagens simbólicas", tendo o valor que têm, são imprescindíveis, não se percebe como é que a Assembleia da República se descuida e se desliga deste pacote, aprovando um orçamento que inclui aumento (em vez de redução) da despesa com o seu funcionamento e os seus deputados para 2010.
Apesar do que dizem alguns dos seus defensores, não é com uma comissão de inquérito com a da PT/TVI, que o Parlamento e os deputados reforçam a sua credibilidade perante o país. (Então quando chegamos à conclusão de que não serviu para nada...).
Já a manutenção de um orçamento que prevê e autoriza um aumento dos gastos em transportes dos deputados, realização de seminários e até de despesas de decoração do Parlamento, em vez de conferir credibilidade, mostra uma classe insensível à imagem que dela tem quem mais vai sofrer com as desgraças da crise.
Sou dos que pensam que devíamos ter políticos mais profissionais, mais bem pagos e mais focados nos assuntos da governação e da legislação. Na busca do desiderato de ter mais e melhores. Mas não cabe na cabeça de ninguém que no actual momento a Assembleia da República tenha o topete de se preparar para gastar mais dinheiro sem uma justificação plausível, que não descortinamos.
Logo agora que até o problema com as viagens da deputada Inês de Medeiros acabou em águas de bacalhau, quem é que é capaz de explicar que só os gastos com os transportes possam ter um
aumento de 25%?
Só pode ser por gralha ou distracção dos senhores deputados.
NOTA: Em concordância com esta crónica, terá interesse a leitura dos seguintes textos de grande utilidade para uma melhor compreensão da actual crise e das «medidas» incapazes de eliminarem os erros de estrutura que, se não desaparecerem, originarão em breve nova crise que obrigará a mais apertos de cinto ou a substituir este por uma pequena pinça (isto para os que não mamam do orçamento).
Além de viajarem menos e trabalharem mais, convém que falem menos, se deixem de baladas para adormecer os cidadãos e passem a dizer apenas coisas verdadeiras, úteis e consequentes para o desenvolvimento da felicidade dos portugueses. Devem falar apenas quando o que querem dizer tenha mais valor do que o silêncio. Queremos planeamento estratégico, programações lógicas e coerentes para bem de Portugal, focando os temas indicados no último link da lista seguinte:
- O tango e a tanga
- "Sacrifícios para todos"
- "Se Governo achar mole, carrega", diz Jerónimo
- O saber científico e a realidade
- Os Pobres que paguem a crise ?!
- Ocultação sistemática da verdade ???
A Decisão do TEDH (394)
Há 6 minutos
4 comentários:
Caro João,
A propósito transcrevo o post da Tulha sobre os deputados do Reino Unido:"Os deputados do Reino Unido, na "Mãe dos Parlamentos":
1 . não têm lugar certo onde sentar-se, na Câmara dos Comuns;
2 . não têm escritórios, nem secretários, nem automóveis;
3 . não têm residência (pagam pela sua casa em Londres ou nas províncias);
detalhe: e pagam, por todas as suas despesas, normalmente, como todo e qualquer trabalhador;
4 . não têm passagens de avião gratuitas, salvo quando ao serviço do próprio Parlamento.
E o seu salário equipara-se ao de um Chefe de Secção de qualquer repartição pública.
Em suma, são SERVIDORES DO POVO e não PARASITAS do mesmo!
Nota:
Em Portugal para além do número exagerado de deputados, dos seus salários, reformas e mordomias muito além do que seria normal e desejável ainda se verifica que os funcionários não deputados que trabalham na Assembleia têm um subsídio equivalente a 80 % do seu vencimento? Isto é, se cá fora ganhasse 1000,00 € lá dentro ganharia 1800,00 €. Porquê? Profissão de desgaste rápido? E por que é que os jornais não falam disto? Porque têm medo? Ou não podem?
Em suma, não são SERVIDORES DO POVO e são PARASITAS do mesmo..."
A diferença de tratamento é abissal e por isso as medidas tomadas no Reino Unido para debelar a crise são muito menos duras que as tomadas aqui em Portugal.
Um abraço amigo.
Caro Amigo Luís,
Muito agradecido pelo maravilhosos comentário. Até parece que Portugal é um País riquíssimo enquanto a Grã-Bretanha é pobre e subdesenvolvida.
Precisamos de uma desratização, desinfestação. desparasitação, como se lhe queira chamar.
Para fazer face à crise é preciso cortar o mal pela raiz. É preciso eliminar as causas os agentes do mal, eliminar quem explora os cidadãos em nome do Estado. ELIMINAR a sério, se necessário, com a «guilhotina»!
Um abraço
João
Do Mirante
Caro João,
A juntar a todos estes desmandos junto mais estes:
"ISTO, MEUS AMIGOS, NÃO É UMA VERGONHA, É UM ESCÂNDALO!!!
Meus amigos(as), vamos unir esforços e angariar fundos para ajudar o COITADO.
SILVA LOPES, 77 ANOS, NOMEADO ADMINISTRADOR DA EDP RENOVÁVEIS.
A pouca vergonha continua. Ao que isto chegou!
SILVA LOPES, com 77 (setenta e sete) anos de idade, ex-Administrador do Montepio Geral, de onde saiu há pouco tempo com uma indemnização de mais de 400.000 euros, acrescidos de várias reformas que tem, uma das quais do Banco de Portugal como ex-governador, logo que saiu do Montepio foi nomeado Administrador da EDP RENOVÁVEIS, empresa do Grupo EDP.
Com mais este tacho dourado, lá vai sacar mais umas centenas de milhar de euros num emprego dado pela escumalha política do governo, que continua a distribuir milhões pela cambada afecta aos partidos do centrão.
Entretanto, o Zé vai empobrecendo cada vez mais, num país com 20% de pobres, onde o desemprego caminha para níveis assustadores, onde os salários da maioria dos portugueses estão cada vez mais ao nível da subsistência.
Silva Lopes foi o tal que afirmou ser necessário o congelamento de salários e o não aumento do salário mínimo nacional, por causa da competitividade da economia portuguesa. Claro que, para este senhor, o congelamento dos salários deve ser uma atitude a tomar (desde que não congelem o dele, claro).
Quanto a FERNANDO GOMES, mais um comissário político do PS, recebeu em 2008, como administrador da GALP, mais de 4 milhões de euros de remunerações. Acresce a isto um PPR de 90.000 euros anuais, para quando o "comissário PS" for para a reforma. Claro que isto não vai acontecer pois, tal como Silva Lopes, este senhor vai andar de tacho em tacho, tal como esta cambada de ex-políticos que, perante a crise, "assobia para o ar", sempre com os bolsos cheios com os milhões de euros que vão recebendo anualmente.
Estes senhores não têm vergonha na cara?"
É por estas e por outras semelhantes que estamos nesta miséria enquanto os "barões" dos políticos vivem como nababos!!!
E os pobres que paguem a crise!!!
Um abraço amigo.
Caro Luís,
Haja quem faça a lista e a mantenha actualizada, dos sugadores do dinheiro dos nosos impostos, os beneficiados do nosso sacrifício sadicamente exigido pelos do Poder de que abusam de forma escandalosa.
A lista virá a ser útil.
Como poderá um dos «beneficiados» com o salário mínimo obter mais do que uma reforma?
Havendo desemprego, com cinquenta anos já não se consegue arranjar trabalho, mas um dos vampiro do «nosso» País, consegue aos 77 anos iniciar mais uma etapa na construção da sua fortuna, com seu saque aos dinheiros públicos.
E como as leis são feitas à medida de tais interesses imorais, tais comportamentos lesivos da justiça social «estão dentro da legalidade».
Mas, infelizmente, somos um país de cobardes que aceitamos isto e perguntamos de como vítima tolerante «como se pode acabar com isto?», com o significado de «não há nada a fazer».
Completa a tua lista, o teu arquivo, que irão ser úteis na hora da verdade.
Até parece verdade!!!
Um abraço
João
Saúde e Alimentação
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