Transcreve-se uma parte do artigo de opinião do Jornal de Notícias de hoje da autoria de Zita Seabra. Para abrir a notícia completa faça clic no seguinte título.
Verdade e bem comum
(…) O primeiro-ministro passou anos a apresentar novas medidas, novos direitos (muitos justíssimos), criando sempre a ideia de distribuir (o que não temos). O Bloco de Esquerda e o Partido Comunista e, muitas vezes também a restante oposição - PSD e CDS -, exigem sempre mais e mais direitos e mais obras e mais benesses e mais PIDDAC e mais direitos de pequenos e de grandes grupos sociais ou profissionais ou etários (em muitos casos justos) e SCUT e Magalhães e bónus, muitos bónus para os gestores públicos e muitos motoristas e carros de topo para as chefias, mais subsídios e isenções… E agora? Agora, temos de falar verdade porque temos uma pesada conta para pagar, sem saber como vamos conseguir os meios para pagar o que devemos e com cada vez mais dificuldade em encontrar quem nos empreste mais e mais dinheiro para pagar as dívidas, até ao dia em que não encontraremos mesmo quem nos empreste.
Nesta conjuntura, temos um Governo completamente desorientado, incapaz de enfrentar a situação. Desorientação e irresponsabilidade são os traços dominantes de um governo sem rumo que nem olha para as medidas de rigor que atravessam a Europa de Norte a Sul.
Mais do que nunca precisamos do inverso. Necessitamos de um governo que incuta confiança, capaz de traçar uma política com rumo, que fale e trabalhe sempre com verdade e, sobretudo, que tenha como objectivo central servir o bem comum. Verdade e aspirina, escreveu Pessoa. Eu diria que precisamos de verdade e serviço do bem comum como regras inultrapassáveis a nortear a política portuguesa.
NOTA: Precisamos de quem faça Política - arte ou ciência da organização, direcção e administração de nações ou Estados; aplicação desta arte aos negócios internos da nação (política interna) ou aos negócios externos (política externa) - com dedicação, competência e honestidade, dando prioridade aos interesses nacionais, em todas as circunstâncias, por forma a sobrepô-los aos meros interesses de partido ou de vaidade e ambição pessoal. O Político, com P maiúsculo, deve procurar ficar na história pelo bem que fez ao País e não pela riqueza pessoal que acumulou à custa do sacrifício dos contribuintes.
1 comentário:
Caro João,
No último programa dos "Prós e Contras" o Dr. Adriano Moreira síntetisou com um pensamento do tipo aqui apresentado no post e que era: já passámos por crises até mais graves que a actual que foram todas superadas pelo Povo que acreditou nas medidas preconizadas por terem acreditado nos seus mentores. O que se passa agora é que há quem diagnostique a doença mas não temos quem com credibilidade saiba atacar a doença!
Pelo contrário, o Povo já não acredita no Faz-de-Conta permanente em que vivemos!
Um abraço amigo.
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