domingo, 22 de novembro de 2009

Pistas para salvar Portugal

Muita gene pensante afirma com laivos de pessimismo e de falta de esperança que Portugal só pode salvar-se do pântano actual se forem suspensas as actividades partidárias e formado um governo com as pessoas mais válidas do País e que não tenham sido contaminados pelos vícios e manhas de que enfermam os actuais políticos.

Mas acho que deve haver optimismo que não despreze hipóteses de soluções e estimule a procura da melhor. Já no post Oportunidade para purificar o regime se apontavam alguns indícios prometedores que deverão ser bem aproveitados para bem de Portugal. Felizmente, voltam a aparecer sinais de que os diversos partidos com assento na AR apontam sugestões e propostas para esclarecer os pontos mais controversos e tornar a vida pública mais transparente, geradora de prestígio dos políticos e responsáveis por cargos públicos e criador de um clima de confiança motivador de progresso.

Desde a notícia PSD quer que ministro esclareça compras nas Forças Armadas passando pela que defende que “País tem que ter certeza que não há sacos azuis nas empresas públicas” e a que se interessa pela clarificação de um negócio que afecta a vida dos cidadãos BE quer mais fiscalização a venda de medicamentos pela Internet, todas são coerentes com os valores referidos atrás da verdade, transparência e lealdade em relação aos interesses nacionais.

Perante o clima assim definido, só é preciso o Governo coordenar os esforços e as boas vontades e avançar no caminho da seriedade, honestidade e patriotismo.

4 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Dizes e muito bem que: "Perante o clima assim definido, só é preciso o Governo coordenar os esforços e as boas vontades e avançar no caminho da seriedade, honestidade e patriotismo." As grandes dúvidas estão exactamente aí! Será que os governos deste País quando se sentirem mais fortes continuarão a assim proceder? Infelizmente ainda não temos nos nossos governantes uma "cultura democrática", são só "Tiques" para enganar os "Bem Intencionados"!
Só depois de uma Valente Vassourada é que isto se normalizará!
Mas que o caminho por Ti apontado seria uma forma boa de melhorar a situação que ora se vive é verdade, mas teria que haver da parte de todos os governantes vontade de assim proceder e faze-lo com a máxima seriedade, honestidade e sentido patriótico!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Amigo Luís,
Compreendo as tuas dúvidas que não deixam de ser minhas! Uma coisa é a intenção e o desejo optimista outra coisa é a realidade dos tristes humanos com todos os seus defeitos.
Gostava que houvesse bom senso para evitar a vassourada que auguras.
Penso que, por este andar, não tardarão os atentados a um ou outro político, o que se for suficiente para eles tomarem juízo não será mau, porque se evita a eliminação sistemática, demasiado traumática.

Um abraço de esperança num Portugal melhor
João

Maria Letr@ disse...

Amigo João Soares,
Talvez porque a minha condição de mulher tem influência nas reacções que eu possa ter a certas situações, sou levada a acreditar que, depois duma completa remodelação nas estruturas educacional e social dos cidadãos, nós não precisaríamos de partidos para podermos governar bem. Defendo, como sabe, o recurso a um sentimento a que chamamos Amor e, portanto, sendo esse um princípio básico para a descoberta da melhor solução para cada caso, os partidos acabariam por perder terreno até porque, cada um deles, defende aquilo que convém à classe social que representam, ficando as outras à mercê de lutas que deixariam de ter sentido se nos amassemos com o coração em vez de, egoisticamente, querermos o melhor para nós, deixando os outros navegar no que sobrasse para eles.
Uma boa semana.
Maria Letra

A. João Soares disse...

Querida Amiga Mizita,

Winston Churchill disse que nenhum regime político é perfeito e que a democracia é o menos mau. Mas exige civismo e elevada educação dos povos e dos respectivos políticos. Infelizmente no nosso País, talvez pior do que na maioria dos Estados, os políticos não se candidatam com a generosidade de irem fazer algum sacrifício para governar o País, mas sim com a ambição de explorarem ao País em seu benefício pessoal e adquirir riqueza por qualquer meio. ter oportunidade de alimentar a vaidade, mostrar arrogância abusar do Poder.

E não permitem reformas para atingir os bons objectivos de melhorar a vida dos cidadãos. Em tudo isso servem-se da cupidez de pessoas que deviam ser imparciais e movidas por boas intenções, como os agentes da Comunicação Social e da Justiça.

A ideia apresentada pela Mizita é defendida por muita gente.
Acabaria por conduzir a uma ditadura, o que de certo modo não seria mal, porque tem sido visto que elas sempre são bem vindas pelo povo que as considera necessárias para colocar os países em ordem. Mas, como as pessoas não são perfeitas, pouco tempo depois, aparecem abusos e cai-se em exageros de repressão piores do que em democracia. E ninguém as elimina a não ser por meio de uma revolução violenta, guerra civil, com resultados desagradáveis.

Como diz, tudo seria melhor com Amor no sentido que as religiões propõem, assente numa boa educação generosa voltada para os outros, através de um relacionamento exigente mas tolerante e sempre colaborante para as boas finalidades.

Li há tempos que a vida das pessoas e dos países se desenrola entre duas baias, entre duas valetas, de um lado o Amor e do outro lado o medo. E quando este se torna mais forte, dá origem á violência à agressividade, contra o vizinho de quem se receiam ofensas, agressões, por vezes apenas fruto da própria imaginação amedrontada. E este medo conduz a invejas, suspeitas, agressões verbais, e depois físicas. Isto á frequente no mundo materialista e desumano em que o Planeta se tornou.

Portanto o que precisamos é de uma educação para o espírito de equipa, o amor, a colaboração o desejo de construir uma comunidade mais familiar de sentimentos mais fraternos. Isso só poerá dar resultados passados muitos anos.

Para já seria de começar pela viragem dos políticos para a sensatez. Se eles não conseguirem, então, será necessário pressionã-los até às últimas consequências, porque o povo não pode deixar-se reprimir, explorar sem limites sensatos. Sou contra a violência, mas não acharia mal que em certos momentos houvesse um político abatido para que os outros abrissem os olhos e enveredassem pelo bom caminho.

Mas as bestas que são iriam pelo caminho errado, pela repressão e cortes de todas as liberdades e direitos. Com pessoas estúpidas, cegas pela cupidez da corrupção e enriquecimento por qualquer meio, nada de bom se pode esperar.

Sugiro-lhe uma visita ao post Reforma do regime é necessária e urgente e aos comentários que recebeu.

Beijos
João