Tem aqui sido referido por diversas vezes que os responsáveis pela gestão do País devem dar prioridade aos interesses nacionais, ao bem do País e só secundariamente aos interesses dos partidos e dos próprios políticos. Está provado que, infelizmente, tem sido pura utopia, porque nos interesses do País são ignorados, mesmo nos discursos mais circunstanciais. O que interessa aos nossos políticos tem sido tudo menos isso. Só se uniram em perfeita sintonia na votação da lei do financiamento dos partidos, não para benefício dos portugueses mas para bem dos partidos e das manobras financeiras que a todos interessavam do tipo agora conhecido como «face oculta»
Isto não é maledicência, mas a constatação das realidades. Agora, a confirmar, surgiram duas notícias que mostram que os partidos apenas se preocupam em lutar entre si, não aproveitando oportunidades para tomarem as melhores decisões para Portugal, mas fazendo ressaltar que não são iguais e que não se apoiam uns aos outros. Para cúmulo, procuram imitar o que de pior se verificou nas últimas eleições – a elevada abstenção. Agora é o partido do governo que se abastem, na AR, em vez de dialogar e negociar com os partidos da oposição a fim de encontrarem uma solução de consenso, boa para o País.
Sobre a avaliação dos professores e o novo estatuto da carreira docente, o projecto de resolução do PSD foi aprovado no Parlamento, contando apenas com os votos favoráveis dos social-democratas e com a abstenção do PS e dos restantes partidos da oposição.
Também, quanto ao fim das taxas no internamento e cirurgia foram aprovados, na generalidade, com a abstenção do PS, projectos de lei do BE, PSD e CDS-PP .
Afinal, qual é a capacidade de diálogo de argumentação válida e convincente, de negociação, dos deputados do partido que apoia o Governo? Que prestígio obtém o Governo com estas abstenções? A arrogância residual do líder da bancada não conseguirá credibilidade para o Partido, quando se seguem abstenções. Os deputados não devem considerar que o povo lhes paga de boa vontade para se absterem. Paga por ser forçado a isso, mas no voto eleitoral a decisão é livre.
domingo, 22 de novembro de 2009
País abstencionista de alto a baixo
Publicada por A. João Soares à(s) 17:24
Etiquetas: diálogo, negociação, prioridades
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3 comentários:
Amigo João Soares,
Embora este texto tenha um tema que poderei considerar, talvez, um suplemento ao anterior, no que se refere a partidos e suas posições, eu não vou comentar porque o comentário que faria prender-se-ia com o que disse no meu comentário ao texto anterior e não valerá a pena.
Um abraço.
Maria Letra
Querida Amiga Mizita,
Este post é realmente convergente com o anterior e com muitos outros. É o aproveitamento de casos concretos para repetir a ideia já aqui muito batida. É a táctica da água corrente: «água mole em pedra dura tanto bate até que fura».
É preciso acordar as consciências. Os políticos só actuam sob pressão e é preciso que o povo abra os olhos e manifeste o seu desconforto de forma bem audível.
É preciso que as pessoas deixem de olhar apenas para o que é aparente, apenas fachada e arrogância, e procurem ver o que está por trás, quais as reais intenções do político de má qualidade, o motivo de a Justiça estar amordaçada, a comunicação a fazer o marketing da politiquice, a corrupção que não tem sido combatida, o dinheiro que é sacado às pessoas com dificuldades para depois ser dado a bancos que apenas surgiram para tornar milionárias pessoas sem escrúpulos de qualquer género. Empresas estatais que são a máquina de exaurir o País em benefício de políticos que já tinham mostrado a sua incompetência e desonestidade mas são membros dos clãs que partilham o Poder.
No comentário colocado no post anterior, há pistas para outros já antigos. Convém aprofundarmos o pensamento.
Beijos
João
Amigo João Soares,
Eu só não comentei porque iria EU bater na mesma tecla sobre o que penso. O amigo sim, DEVE continuar a bater nas mesmas teclas sempre e em todos os momentos possíveis. É como escreveu: "água mole ..., etc."
Um abraço.
Maria Letra
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