Já tinha sido muito falado na Comunicação Social sobre a pressão de pessoas ligadas aos governantes sobre a Justiça no caso Freeport. Agora surgiu a entrevista de José António Saraiva, director do semanário ‘Sol’, revelando que o Governo o pressionou para não publicar notícias do Freeport e que depois passou aos investidores, criando ao Jornal uma situação crítica que o entrevistado resume na frase "Não falimos por um milagre”. (Fazendo clic neste link pode ler a entrevista publicada).
Perante isto, a «ERC averigua se o Estado interfere com os media».
Como todas as averiguações em casos que tocam com o Poder, ou o Estado como lhe chamam, acabam por ser inconclusivas ou apresentar conclusões evasivas, espera-se e deseja-se que a ERC averigúe de forma isenta e independente, não sucumbindo a falsos deveres de obediência ao Poder ou ao receio de qualquer represália com cortes de mordomias, como se tem visto noutros casos e noutros sectores. Quando se diz que o Estado não se resume ao Poder é com base na definição de que Estado é a Nação num território bem definido, politicamente organizada. Portanto o Poder polític0 é apenas um dos três pilares do Estado segundo esta definição.
É preciso não se atemorizarem com os autores dos modernos conceitos de "assassinato político", de "assassínio de carácter", de "homicídio de carácter", de "homicídio por audiovisual", e de «tentativa de decapitação do Governo».
Oxalá, as averiguações da ERC, deixem a Nação (os portugueses) mais tranquila e aliviada de tantas suspeições a que a falta generalizada de transparência a conduziram e que lhe perturbam a tranquilidade em que gostaria de viver.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Pressões na Comunicação Social
Publicada por A. João Soares à(s) 17:40
Etiquetas: Comunicação Social, sentido de Estado, transparência
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2 comentários:
Caro João,
Os esclarecimentos só geram confiança e acabam com as suspeições! Mas será que poderão faze-los sem se queimarem?
Um abraço amigo.
Caro Amigo Luís
Se estão em situação ilegítima, claro que o esclarecimento os queima. E é por isso que há a política dos segredos a que se sobrepõem as suspeitas.
Para homens honrados que aceitam que errar é humano, o esclarecimento não mete medo, confessam e demitem-se e até tem havido casos de suicídios. Passou há pouco tempo pelos e-mails um americano que se suicidou numa conferência de imprensa em que confessou a sua falha.
Mas, infelizmente os nossos governantes consideram que o País é um seu quintal privado e usam-no a seu gosto e não largam o tacho nem á lei da bala.
O Sócrates já perdeu o melhor momento para se demitir. Guterres foi mais honesto e não tinha o cabaz de pecados que este tem.
Um abraço
João
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