Há poucos dias era aqui referida a contradição entre transparência e segredo. Espantosamente, aqueles que mais defendem o «segredo» são os mesmos que noutros cenários tecem loas, em tom firme a querer ser convincente, à «transparência».
Decidam claramente o que é que querem se o segredo, profissional, de justiça, bancário, de privacidade, etc. ou se a transparência. Mas tenham a certeza de que, sem a transparência, haverá sempre suspeita, dúvida, boatos, calúnias, que podem ofender eventuais políticos que estejam inocentes dos males de que hoje tanto se fala.
Depois destas considerações tem de se tirar o chapéu à notícia BE pergunta a Silva Pereira quanto é que o Estado gasta em publicidade nos media. Em período de dúvidas acesas acerca de corrupção, de tráfico de influências, de trocas de favores, sempre com prejuízo para o Estado, para todos nós, será significativa a resposta que for dada à pergunta do referido partido da República.
Para ler a notícia basta fazer clic no título da mesma.
A Decisão do TEDH (397)
Há 41 minutos
4 comentários:
Caro João,
Realmente o segredo cria por vezes a suspeição e se querem que haja transparência devem acabar de vez com o "tabu" do sigilo bancário nos casos em que isso é exigido para que a transparência releve a suspeição!
Mas isso é pedir muito... ou não será???
Um abraço amigo.
Caro Luís,
Não é pedir muito, porque mesmo em países considerados menos «civilizados», existem medidas moralizadoras e justiça que funciona de forma igual para qualquer cidadãos.
Até no Afeganistão, o Presidente Karzai promete pôr fim à cultura da impunidade. Noutros Países até os ex-Presidentes são condenados, como várias vezes aqui foi referido.
E cá como é?
Abraço
João
Amigo João Soares,
Vou repetir o meu comentário porque a internet foi abaixo. Espero não duplicá-lo.
Sempre que esta pergunta me é posta, eu fico sem poder responder porque não tenho um profundo conhecimento das leis que regem e protegem nem o segredo, nem a transparência. Se, por um lado, o segredo ocasiona o aparecimento de conjecturas e, paralelamente, a não participação de quem possa ajudar a justiça, a transparência pode levar a que o prevaricador tome medidas de defesa, uma das quais poderá ser a fuga e, portanto, acabar por não pagar pelos seus actos.
Não posso pronunciar-me, contudo, talvez optasse pela transparência, até porque podem ser criadas medidas de protecção para um bom resultado da mesma.
Maria Letra
Querida Mizita,
A resposta a este seu comentário está contida na resposta já dada ao comentário do post seguinte.
Beijos
João
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