sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Crise descobre a verdade

A confirmar todos os receios que ultimamente têm sido timidamente referidos nos posts deste espaço, surge agora mais um artigo, sintético mas com informação suficiente para espicaçar o raciocínio de quem não quer ir vivendo sentado à sombra da ignorância e da acomodação fatalista. Critica os optimistas com posições patéticas e tenho confessado ser optimista preocupado, mas tal optimismo tem sido voluntarista, higiénico, assentando em desejos e preocupado por ser pequena a esperança ou convicção de os ver realizados.

E, no meio de toda a confusão existente no País, há factores que persistem na exploração do povo, desde os citados no post Construir uma nova sociedade até à pressão da ACAP que, para os seus associados manterem a porta aberta e os lucros, pretendem que o Estado (todos nós) subsidie o abate de carros ainda em boas condições de funcionamento.

A acrescentar ao que o autor do artigo diz, parece dever referir-se a pandemia de uma certa loucura colectiva na camada mais poderosa.

Eis o artigo referido:

Um triste destino
Correio da Manhã. 15 Janeiro 2010, Por António Ribeiro Ferreira

A poeira da propaganda começa a ser levada pelos fortes ventos de Inverno e a realidade cai em cima dos portugueses de uma forma cada vez mais brutal. Os tremendistas de ontem são os realistas de hoje, e os poucos optimistas que restam assumem posições patéticas de quem ainda não compreendeu que as políticas de plástico têm os dias contados. As verdades, nuas e cruas, aparecem de todos os lados.

As agências de rating alertam que Portugal está ameaçado de morte lenta e diversos economistas começam finalmente a libertar-se e a falar verdade aos cidadãos deste País.

A dívida pública é enorme, o endividamento externo perigoso, o défice das contas do Estado dispara e o desemprego atinge níveis nunca antes verificados.

O diagnóstico é terrível e a cura vai ser muito dolorosa. Os portugueses têm andado a viver acima das suas possibilidades e agora chegou o tempo de poupar a sério, a bem ou a mal, provavelmente a mal. Os mitos do Estado salvador, criador de riqueza e de empregos estão, felizmente, a ser desmascarados. Só a economia privada pode criar riqueza e trabalho. Portugal precisa de atrair investimento estrangeiro, mas para isso é preciso aumentar a produtividade e pôr a Justiça a funcionar. Sem estes dois factores o futuro será, como sempre foi, a emigração. Triste sina esta a dos portugueses.

António Ribeiro Ferreira

2 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Um diagnóstico muito correcto e bem estruturado. Só não vê quem não quere ver pois mete-se pelos olhos a dentro que a continuarmos assim cairemos no abismo e não sairemos dele.
Realmente "é triste vida a dos Portugueses!"
É urgente corrigir estes desmandos!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Os responsáveis andam preocupados com outras coisas que para eles parecem ser mais importantes, como os «casamentos» gay, a adopção e as noivas do Santo António como o António Costa já propôs.
Gay quer dizer alegrem juvial e eles querem andar sempre em festa... de empurrão.

Um abraço
João