sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Para um 2010 mais solidário e seguro

A amiga Ná «sugeriu-me» que fizesse o primeiro post do ano, o que me deixou em dificuldade, com vontade de lhe devolver a ideia, o que seria uma boa solução devido aos dotes da nossa amiga sempre movidos por grande simpatia, graciosidade e sensibilidade para os problemas humanos.

Mas não é do meu feitio recusar desafios, o que me leva a, sempre que o tempo me permite, responder aos comentários, principalmente quando são mais controversos e desafiantes.

Mas nada vou dizer de novo, nem fazer sermões próprios do DIA MUNDIAL DA PAZ que hoje se celebra. Vou transcrever algumas palavras da homilia do cardeal patriarca de Lisboa, D. José Policarpo e de dois posts colocados esta manhã no Do Miradouro, por terem pontos de reflexão sobre alguns aspectos importantes das previsões, esperanças e receios, para 2010. Passado o momento das palavras optimistas e de esperança, devemos cair na realidade e planear o nosso esforço para contribuir na construção de um mundo melhor.

O patriarca, entre outras apalavras, falou da necessidade de «uma profunda revolução cultural e civilizacional” para que a humanidade volte a encontrar a justiça e a paz».
“A humanidade está, como nunca, perante o desafio de renovação de civilização”.
Os “grandes problemas”, numa época de globalização, “ comuns a toda a família humana, são, por exemplo, a salvaguarda do planeta Terra, a casa onde habitamos, a construção da paz, a vitória contra a violência, a promoção da justiça, de modo particular nos sistemas económico-financeiros e sociais”.
A opinião pública portuguesa tem sido mobilizada na atenção a problemas específicos como “a crise económica, a violência crescente, a eficácia do sistema judicial, a corrupção, a luta contra a degradação do ambiente”.
“Administrar a justiça numa sociedade em que as pessoas e as instituições não procuram ser justas é tarefa árdua e complexa”.
A necessária «profunda revolução cultural e civilizacional”, devendo colocar a tónica na «educação, na família, na comunicação social, nas estruturas culturais, na formação para a liberdade».

Vejamos algo dos posts no Do Miradouro referidos atrás:

Num artigo de opinião, a advogada Paula Teixeira da Cruz tece algumas considerações à situação nacional actual referindo que
São criados factos políticos em cascata, feitos da espuma dos dias e que não resolvem problema algum aos Portugueses, para além de os desesperar.
Segundo ela, a dita ‘instabilidade’ é afinal, entre outras questões, a incapacidade governamental para gerar consensos e não afectou o lazer dos governantes na quadra de Natal e final de ano.
Neste ano que passou, de escândalos a todos os níveis e de descrenças, recheado de eleições não muito concorridas, nenhum dos partidos do espectro político partidário apresentou um desígnio integrado para o País, que é afinal o que importa.
Precisamos que o Governo, ele próprio, estabilize. Sossegue e governe.

Mas, a par destes alertas para a necessidade de criar eficácia e bom governo para felicidade das pessoas que devem se a maior motivação dos governantes, surgem notícias do mundo cada vez menos pacífico e mais sofisticado na capacidade de matar e destruir. Está criada e testada ferramenta ultra sofisticada que permite a um Estado causar inúmeros mortos e graves destruições do outro lado do Planeta, usando especialistas comodamente instalados em gabinetes nas proximidades da capital que através da Internet controlam rigorosamente aviões não tripulados para fazerem os ataques sem colocarem em risco pessoas do país atacante. As vítimas não podem prever, nem evitar, nem se defender de tais ataques. Mas, paralelamente, os terroristas usam de tecnologias evoluídas e também estão preparados para actuar sem dar hipótese de prevenção e defesa. Onde irá o Mundo por este caminho?

Enfim, tudo isto vem demonstrar que as directrizes que têm orientado este blogue estão em consonância com as maiores preocupações de quem medita a fundo na vida das pessoas . Proponho que continuemos no bom sentido porque «água mole em pedra dura tanto bate até que fura», «devagar se vai ao longe» e devemos ajudar os dorminhocos a acordar e pensar pela própria cabeça na ajuda a dar para que o mundo se torne mais seguro e solidário e melhorem as condições de convivência entre as pessoas.

Foi publicado no blogue Sempre Jovens

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