Maria Conceição, nasceu em Vila Franca de Xira, há 32 anos, tem um aspecto frágil mas determinado. Encontra-se sedeada no Dubai como assistente de bordo e do que tem visto pelo mundo, sentiu-se preocupada com a vida de muitas crianças em bairros pobres e decidiu, há cinco anos, entregar-se a um objectivo: minorar a miséria de crianças de uma comunidade desprovida de tudo, dando-lhes mais condições de higiene, saúde e educação. Começou por procurar bens doados em roupa que eram vendidos para obter verbas.
E a captação de boas vontades permitiu evoluir ao ponto de agora, o seu projecto, o Dahka Project, na capital do Bangladesh, já poder apoiar 600 crianças no bairro de Korail e emprega cem pessoas da mesma comunidade. O resto é trabalho esforçado de voluntários do mundo inteiro.
Depois de ter sido tocada pela miséria de outros e querer pôr-lhe fim. Maria Conceição tomou em mãos um bairro desprovido de tudo depois de uma passagem profissional pela capital do Bangladesh. Esta portuguesa já ganhou prémios de prestígio pela sua acção humanitária. É aliciante ver reconhecida a sua acção de que resultam benefícios para tanta criança carente.
Agora, Maria Conceição, atraída pela grande vontade de bem-fazer e de ajudar, num mundo em que os carenciados são ignorados pelos donos do dinheiro presos a um materialismo ambicioso e egoísta de olhos no imediato, não desiste e tem em mente outro projecto, esse no Brasil, provavelmente no Nordeste. Será um orfanato capaz de se auto-sustentar com a exploração de uma unidade hoteleira de praia. Segue o conselho chinês: se queres matar a fome a um pobre não lhe dês um peixe, dá-lhe uma cana e ensina-o a pescar. Prepara as crianças para a auto-subsistência, para a pequena empresa.
Diz com muita segurança: "Cheguei à conclusão de que aquelas crianças tinham um potencial enorme, mas não tinham oportunidades", assim recorda o grande embate ao visitar os arredores de Daca. Há ali um trabalho desmedido e difícil a fazer e, aos poucos, há resultados. Tudo é difícil, até ter vacinas doadas por vários países e encontraram todo o tipo de obstáculos para conseguir das autoridades daquele país um boletim que atestasse por alguma forma a identidade das crianças.
Maria Conceição tem a energia de liderança dos dinamizadores e transmite-a. Garante que é exigente com os voluntários e reconhece que, indo uma vez por mês a Daca e tendo já lá passado dois meses, aquelas circunstâncias são tão dramáticas que "se tem que sair para respirar e recarregar baterias". Na capital do Bangladesh, outra iniciativa de Maria está a pôr crianças a ensinar inglês aos pais e a dinamizar a comunidade de Gawair para a limpeza das casas e vielas. A esta acção, a fundadora deu o nome de The Catalist.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Na peugada de Madre Teresa de Calcutá!!!
Publicada por A. João Soares à(s) 22:23
Etiquetas: generosidade, pobreza
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4 comentários:
Admirável exemplo de que se pode fazer muito pelos que sofrem ... Enquanto uns se perdem numa qualquer esquina a drogar-se, outros sofrem pelos que sofrem.
Querida Mizita
Tenho aqui, por diversas vezes, salientado comportamentos de jovens com valor moral, ético, cultural e social. Não podia deixar passar este caso de vocação humanitária. É mais um caso de jovem da nossa nacionalidade que demonstra o seu valor em benefício de outros que carecem de possibilidades de viver com dignidade.
Só é pena que aqueles que cobram ao Estado dezenas de milhares de euros por mês não façam qualquer coisa no mesmo sentido ou não ofereçam parte dos ses salários escandalosos a este tipo de pessoas altruístas que se sacrificam quanto podem em beneficio de outros seres humanos desprovidos do mínimo indispensável de condições.
Beijos
João
Caríssimo João,
História linda como exemplo aos mais novos e não só! Feliz a tua postagem pois vem ao encontro dos nossos anseios - A Juventude a mostrar aos mais velhos um caminho de Virtude que anda muito arredado de muitos deles. Começa-se a ver Luz ao fundo do túnel!!! Oxalá este exemplo dê frutos noutras áreas!
Um abraço amigo.
Caro Luís,
Isto vem demonstrar que não estou errado ao ser optimista nas qualidades dos jovens que são obrigados a construir o Portugal do futuro em cima das ruínas recebidas doas gerações anteriores.
E preciso acabar com o materialismo e monetarismo que alimenta a vida fútil actual feita de ostentação daquilo que se não tem, do crédito imponderado e do consumismo desenfreado, tudo aliado a um egoísmo intransigente e desrespeito pelos outros e pela Natureza-ambiente.
Vamos tendo conhecimento de casos destes e é preciso dar-lhes a maior divulgação para servirem de modelo aos mais novos bem intencionados.
Um abraço
João
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