domingo, 17 de janeiro de 2010

Com oito anos assassinou pai e amigo

Notícia do Correio da Manhã diz que um menino, hoje com dez anos, em 2008, assassinou a tiro o pai e um hóspede, tornando-se no mais novo a ser condenado por homicídio na história criminal do Arizona, e foi internado num hospital psiquiátrico onde ficará até ais 18 anos. Confessou os homicídios e referiu os maus tratos infligidos pelo pai, que frequentemente o açoitava. O pai incitava o filho a usar armas e obrigava-o ainda a alvejar cães na pradaria.

Segundo o FBI, entre 1976 e 2005 foram 62 as crianças entre os seis e os sete anos a ser detidas por homicídio. No Arizona, a lei permite criminalizar qualquer pessoa com mais de oito anos.

Este caso como outros de desvios sociais de crianças 0obriga-nos a pensar. As crianças não nascem criminosas. São um fruto da sociedade e da sua estrutura familiar, social, do ensino, da Justiça e polícias, dos governos, dos legisladores. Perante notícias como esta, muita gente devia meter a mão na consciência e avaliar as suas responsabilidades na degradação da sociedade: pais e familiares, educadores e professores, governantes, legisladores, juízes, psicólogos, jornalistas e directores de órgãos da comunicação social, produtores de filmes, etc.

Os defensores das liberdades individuais ilimitadas, sem atender a que o outro não deve ser prejudicado na sua liberdade, devem rever o seu conceito de funcionamento da vida social, de relação, em que o respeito pelos outros deve ter um lugar cimeiro. A interacção, em convivência pacífica e tolerante, deve condicionar a educação das crianças, a sua preparação para a vida adulta.

Infelizmente, este importante problema está mal compreendido, pior equacionado e pessimamente resolvido, e exige das mais altas autoridades uma atenção muito especial.

1 comentário:

Pedro Coimbra disse...

A condenação é uma óptima maneira de lidar com o acto tresloucado da criança.
Quando sair, muito provavelmente terá aprendido muito mais sobre o mundo do crime.