Este post é, na sua essência, a transcrição do comentário do amigo Pedro Faria em que introduzi alguns pequenos retoques
Cortar nos salários, benesses e prémios demasiado elevados de funcionários, como foi proposto no Reino Unido é uma medida que merece aplauso, especialmente em tempos de crise. Mas, para além de representar uma pequena fatia da enormidade do que se desperdiça, pode não passar de um acto demagógico momentâneo.
Para que se torne num verdadeiro aspecto de moralização e de combate aos gastos inúteis terá, julgo eu, de ser acompanhada de outras medidas, nomeadamente no sentido
a) de uma maior responsabilização e independência das chefias (entenda-se a independência em relação à cor do governo como, por exemplo, a que resulta de admissões por concurso público em vez de nomeações por simpatia política);
b) da compreensão clara, em cada sector de actividade, do trabalho a realizar, para quem e porquê (rigorosa identificação dos destinatários desse trabalho e das suas reais necessidades, clara definição de tarefas e de responsabilidades);
c) da introdução e efectiva aplicação de critérios que conduzam à apreciação de resultados (aqui se incluindo a avaliação de desempenho), com o consequente combate ao desleixo, à subprodução e/ou ao desperdício;
d) da aceitação, a todos os níveis, de um código ético cujo desrespeito possa ser de algum modo avaliado e censurado;
e) da dignificação do trabalho honesto;
f) do estímulo à excelência e à inovação;
g) da abertura de oportunidades a todos mas sem concessões ao igualitarismo laxista e desmobilizador;
h) do combate às mordomias e aos pagamentos de salários por formas disfarçadas.
Em todo o caso já é muito bom que alguém pense em, pelo menos, cortar nos vencimentos, benesses e prémios demasiado elevados.
Vem a propósito um trecho de outro comentário do mesmo autor: Lembrei-me, da regionalização que alguns políticos voltaram a colocar, falando da necessidade de uma estrutura intercalar do poder e da administração, no que vi o desejo de criação de uma série de lugares desnecessários, quando o que precisamos é de autarquias menos pulverizadas, com maior autonomia e responsabilidade, ou seja, o que precisamos é de menos lugares de administração do que os actuais e de muito mais eficiência.
A Decisão do TEDH (394)
Há 2 horas
2 comentários:
Caro João,
Infelizmente estes bons exemplos por cá não são seguidos porque colidem com a necessidade dos partidos em satisfazer os seus "boys" pois são eles a sua razão da sua vivência... Sem eles os actuais partidos desapareciam por já não darem satisfação às necessidades do País! Vivemos como costumo dizer no "País do Faz-de-Conta"!!!!
Um grande abraço.
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