O Papa Bento XVI divulgou hoje a sua primeira encíclica social, “Caritas in veritate”, com 150 páginas onde aborda as grandes questões que se colocam actualmente à sociedade. Ali defende a criação de uma “autoridade política mundial” para “sanear as economias afectadas pela crise” e considera urgente uma reforma da Organização das Nações Unidas. (ver artigo do Público).
Segundo o Papa, “para governar a economia mundial, sanear as economias afectadas pela crise, prevenir o seu agravamento e maiores desequilíbrios,” é “urgente que seja criada uma verdadeira ‘autoridade política mundial’”.
Se a ONU funcionasse com a desejada eficiência e fosse respeitada por todos os Estados, a humanidade seria feliz e , por não consumir tão grande parte dos recursos em armamento e guerras, teria um elevado grau de desenvolvimento e de comodidade e, certamente, maior justiça social sem tanta diferença entre os mais ricos e os mais pobres.
Se os amigos leitores pedirem neste blogue uma pesquisa com a simples sigla ONU, encontrarão quatro dezenas (40) de posts referindo a ONU e a sua necessidade de reforma, dos quais retiro os seguintes
Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
Caxemira, um caso pendente
Myanmar, China e a ONU
Pirataria no Corno de África e inacção da ONU
Vulnerabilidades da ONU
ONU desrespeitada
Sara Ocidental, Polisário
Ausência de autoridade internacional. ONU ineficaz
El País
Há 1 hora
7 comentários:
caro João,
Mais uma vez em cima do acontecimento! Realmente a ONU tem-se tornado ineficaz ao longo dos tempos e porquê? a resposta é fácil, porque são os grandes países e os seus intersses que a comandam. Com reformas ou não enquanto se mantiver este stato quo ela será sempre menos eficaz!
A verdadeira Democracia faz-se com todos e não só com alguns...
Um forte e amigo abraço,
Caro Luís,
A ONU foi uma criação da América para substituir a Sociedade das Nações, portanto o objectivo era garantir estabilidade no mundo ao gosto dos americanos.
Nesse sentido, o Conselho de Segurança, órgão fundamental para a paz mundial, tem como membros vitalícios e com direito de veto os vencedores da II Guerra Mundial.
Bastam estes dados para perceber que não pode ser eficiente, para criar bem-estar e felicidade a toda a humanidade.
O mundo não pode continuar a ser dominado pelos interesses exploradores dos mais ricos. Os G8 e G20 não podem dominar o mundo ao sabor dos interesses dos seus elementos. Para haver mais equidade, justiça social e apoio justo ao desenvolvimento e à solução dos desentendimentos entre Estados é preciso que, em grupos com poder sobre a vida da humanidade, haja representantes de países pobres numa percentagem suficiente para que os mais ricos não cheguem a ter dois terços dos votos, a fim de não poderem decidir, a seu gosto e interesse, os mais graves problemas do Globo.
Os problemas devem ser resolvidos por maioria e aqueles mais importantes para a tranquilidade mundial, devidamente citados nas regras de funcionamento, devem exigir maioria de dois terços, afim de não serem impostas soluções pelos poderosos aos menos ricos.
Esta crise actual qu afecta gravemente todos os países mais pobres, surgiu na sequência de abusos do poder nos Países mais ricos.
A posição do Papa coincide com o que tenho dito repetidamente. A encíclica tem uma força importante e oxalá seja tida em consideração pelos países poderosos. Mas tenho dúvidas.
Um abraço
João
Depois de ler estes comentários tão completos, só me resta acrescentar:
Pode ser que "de Espanha, não venham bons ventos, nem bons casamentos" ... mas olhem que do Vaticano, meus amigos, "nem bons inventos nem 'palpites' isentos" ...
Foi o melhor que pude arranjar.
Um óptimo dia.
Maria Letra
Cara Mizita,
Quanto às suas reticências em relação ao vaticano, transcrevo parte de um comentário a igual post que deixei no blog Do Mirante.
«A ONU tem tido alguma eficiência no apoio a refugiados mas, mesmo aí, não tanto e tão desinteressado como seria desejável.
Substituí-la pelo Vaticano nem pensar, pois o mundo inteiro não se sentiria confortável sob tal bandeira. Mas ainda pior seria deixar que o mundo fosse dominado pelo sistema que consta pretender ser implantado pelo Club Bilderberg.
Mas nunca funcionará bem se for dominada pelos mais poderosos que apenas pretendem aumentar o seu poder e explorar em seu benefício os recursos de todos, principalmente dos mais pobres.»
Efectivamente, o mundo actual é muito difícil e complicado.
Beijos
João
Meus caríssimos Amigos,
Realmente se dum lado "troveja do outro faz trovões"... como diz o pavo que até é sábio! Sociedade das Nações e ONU são duas experiências tipo Clube Bidelberg ou seja de origem judaica, por isso têm a estrutura que têm. Dar força a quem já tem em desfavor de todos os outros. É um novo tipo de ESCRAVATURA... Quanto ao Vaticano também tem os seus pôdres... veja-se a sujeira que foi e continua a ser com as Instituições Bancárias a ele ligadas. É tudo "pão da mesma massa"!
Um abraço amigo.
Caro Luís,
O Poder atrai poder e os poderosos não cedem a sua posição pacificamente. E os que não dispõem de trunfos que garantam a vitória dificilmente podem reclamar. Terão que se organizar e ganhar força pela quantidade do género dos «não alinhados» e do Forum Social.
Uma solução seria substituir o Conselho de Segurança da ONU por uma quantidade de Países pobres e ricos em partes iguais de modo a que nem uns nem outros tivessem os dois terços que seriam necessários para decisões importantes constantes das normas de funcionamento.
Mas, mesmo assim a venalidade humana faria com que muitos dos pobres fossem atraídos através de corrupção estatal, para votar com os ricos. O homem não é perfeito e, por isso, a humanidade nunca será tão feliz como seria desejável.
Um abraço
João
A ONU tem cerca 70 anos e foi organizada após a guerra pela mão dos vencedores que estão com lugares permanentes no Conselho de Segurança. Está na hora de ser reformada:
Primeiro-ministro turco diz que Conselho de Segurança da ONU tem que ser reformado
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