quinta-feira, 30 de julho de 2009

O suposto valor da palavra

Não vão longe os tempos em que se faziam grandes negócios assentes apenas na palavra dada, sem recurso a declarações em papel ou actos efectuados no notário, etc. Mas hoje a palavra já não inspira confiança mesmo quando escrita e/0u tornada pública de forma solene, perante a Comunicação Social.

Além das promessas não cumpridas aqui várias vezes referidas e que continuam a ser repetidas e seguidas por outras, ditas com a mesma convicção aparente mas sem a mínima credibilidade, até porque os seus autores no momento espectacular em que as enunciam mostram algumas vezes não saber minimamente do que estão a falar (como no caso das bolsas de estudo – duplo ou triplo!), surge agora a polémica do «convite» a Joana Amaral Dias, em que alguém está a dizer «inverdades».

No DN depara-se com vários títulos «Paulo Campos desmente convite a Joana Amaral», «Paulo Campos terá feito o convite a Joana Amaral Dias», «Lugar de Joana tinha 'dono' no PS/Coimbra», «Sócrates desmente convite a Joana Amaral Dias».

No JN encontra-se o artigo «A bem da democracia a Joana deve falar» e um outro simplesmente intitulado «Joana».

NO Público, vemos «Paulo Campos desmente convite a Joana Amaral Dias para listas do PS»

É certo que, sendo esta apenas mais uma «inverdade» e pouco representando para os portugueses e para o futuro de Portugal, está a receber demasiada atenção da Comunicação Social, o que poderá significar que já existe grande saturação de ver os mais altos representantes de partidos a perderem o seu tempo com tricas insignificantes deixando assim de dar a devida atenção aos graves problemas que preocupam as pessoas: insegurança de pessoas e bens, Justiça lenta e pouco eficiente (com implicações no aumento da criminalidade violenta), saúde, estrutura fiscal, Educação (que origina ignorâncias em pontos básicos da cultura geral), etc. etc.

Convinha que o bom senso passasse a ter um lugar de mais elevada prioridade na escala de valores dos políticos. E não seria difícil, pois bastava não esquecerem a sua principal função de governar Portugal com vista à melhoria da vida dos portugueses.

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