Na sequência de algumas análises, sempre com intenções construtivas e sugestivas de problemas actuais da vida nacional coloquei, às 07:21 de hoje uma resposta a comentário no post «Promessas e acusações» que julgo merecer mais visibilidade e, por isso, a trago para aqui, com alguns retoques.
Realmente, não é viável nem conveniente fazer, de repente, uma profunda alteração na Constituição e no aparelho legislativo. Já devemos esta vacinados contra asneiras levianas sem base em estudos sérios, que têm originado «recuos» e sucessivas emendas às leis.
Sem adiar as soluções, à espera de remédios ideais e utópicos, Portugal tem de encontrar solução com os políticos que tem, mas estes precisam de se consciencializar de que a Política séria deve ser orientada prioritariamente para os interesses nacionais, os objectivos de Portugal (da Nação, dos portugueses) e não para enriquecer os «boys» do partido que no momento esteja no Poder.
Ontem assisti a uma discussão muito interessante em que, a dada altura, um dos participantes disse que seria conveniente que na liderança dos partidos mais votados estivessem jovens dinâmicos como o António José Seguro e o Passos Coelho. Outro participante dizia que ambos são boas pessoas e com capacidade, mas têm ainda pouca experiência. Um terceiro disse que ambos os argumentadores têm razão mas que a pouca experiência dos dois jovens políticos pode ser uma grande virtude, porque da forma que isto está, a experiência significa estar entranhado nos vícios actuais da corrupção, da ambição de enriquecimento ilícito rápido, da troca de favores, da preocupação de dar «emprego» (dinheiro) aos boys dos partidos, esquecendo os interesses e objectivos nacionais.
No entanto, um jovem sem esses vícios, já tradicionais, precisaria de um pulso forte para não se desviar dos bons princípios e valores éticos e de ter uma boa equipa de Governo para evitar abusos a todos os níveis da máquina do Estado, sem se deixar submergir pelas múltiplas pressões a que estaria sujeita.
Portugal precisa de um Governo que pratique uma Política orientada por uma linha estratégica coerente e bem estruturada e que a explique bem aos cidadãos, com total transparência, por forma a concitar o apoio e colaboração das pessoas de boa vontade:
- Na Justiça, torná-la cega, célere, justa e eficaz, combatendo a corrupção, o crime fiscal, o crime económico e financeiro e os abusos do poder de qualquer género;
- Garantir eficaz segurança pública de pessoas e bens, por forma a cada um poder viver e trabalhar sem receios nem demasiadas preocupações;
- Tornar o ensino mais realista e útil para a formação das gerações que hão-de fazer ressurgir Portugal e terão de pagar os excessos de despesas sumptuárias que agora estão a ser feitas;
- Assegurar condições de prevenção da Saúde e de tratamentos oportunos e eficazes, sem custos elevados para os utentes de menores posses;
- Estruturar e executar uma Segurança Social devidamente controlada e aplicada às realidades e aos interesses nacionais, sem alimentar e incentivar o ócio e a marginalidade, mas protegendo quem necessita de protecção, com vista a retomar a actividade produtiva, se e quando possível;
- Reformar profundamente a máquina do Estado, tornando-a menos burocrática, mais simples, leve, funcional, e incentivadora da economia e da vida das pessoas, enfim, menos sádica, desconfiada, repressiva e dispendiosa, evitando assessores desnecessários e outros custos;
- Evitar e condenar severamente todos os abusos na administração do dinheiro público.
Precisamos de políticos que saibam e queiram pensar nestes aspectos a sério e agir para bem de Portugal.
A Decisão do TEDH (396)
Há 10 minutos
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