Um militar da GNR, de 51 anos, de Ourém, foi condenado a dois anos de prisão e à pena acessória de proibição de exercer as suas funções durante o mesmo período, pelo crime de corrupção passiva para acto ilícito, tendo o colectivo dado como provado que o militar, em 22 de Junho de 2007, recebeu 100 euros para não proceder ao levantamento do auto de contra-ordenação de uma condutora que passou um sinal vermelho.
Trata-se de um acto de combate à pequena corrupção que seria desejável que o seu exemplo fosse seguido nos casos em que o volume de euros transitado poderá ter sido muitos milhares superior.
Outra reflexão daqui decorrente refere-se ao facto de o processo ter demorado dois anos a ser julgado, enquanto, por outro lado, o caso Freeport e outros de muito mais grave corrupção duram há imenso tempo e não se vê luz ao fundo do túnel.
Esta «velocidade» do andamento da Justiça deixa Portugal muito mal colocado em comparação com o caso americano de Bernard Madoff que foi julgado e condenado a 150 anos de prisão num espaço de pouco mais de meio ano.
DELITO há dez anos
Há 7 horas
2 comentários:
Caro João,
Já há muito tempo que corre a ideia que o pequeno delito é exemplarmente punido mas que o grande delito ou o chamado delito de colarinho engomado (que não branco por ser muito sujo), esse fica no tinteiro... É realmente uma vergonha a nossa (in)justiça!!!!
Um abraço.
Amigo Luís,
Realmente não há Justiça. Dizem que a culpa é da legislação, mas os juízes têm se comportado com muita complacência em relação aos legisladores e têm sido demasiado reverentes para com os políticos e ricos, fechando os olhos a muitas poucas vergonhas.
Penso que a Justiça deve ser CEGA para não ver quem é o arguido e condená-lo como se trate de um pobre ou de um poderoso. Não deve ser cega para não ver os crimes dos poderosos que ficam imunes e impunes, em todas as tropelias que fazem.
Crimes de políticos e poderosos, ficam com o nome de «lapsos». Uma pouca vergonha, uma nojeira como diz Medina Carreira.
E quanto à lentidão, nem há palavras. A comparação com o caso Madoff é gritante.
Um abraço
João
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