Na Grã-Bretanha está em preparação uma estratégia para combater o terrorismo e a criminalidade, com vista a garantir a segurança às pessoas e ajudar a resolver investigações, assente numa gigantesca base de dados onde ficarão registados todos os telefonemas, e-mails e páginas de Internet visitadas pelos cidadãos. Passará a ser um Estado parecido com a ficção de George Orwell, no livro «1984» editado em 1949, em que o «Big Brother» conhecia os mínimos pormenores, mesmo os mais íntimos pensamentos, de cada pessoa.
Se esta estratégia for para a frente, e certamente irá, facilitará o acesso a dados importantes para as polícias poderem trabalhar a segurança. As companhias de telefone e os fornecedores de Internet, mesmo que inicialmente ofereçam resistência, acabarão por ceder ao Poder do Estado fornecerão os seus registos, do que resultará que a polícia e os serviços de segurança poderão aceder à informação dos últimos 12 meses relativas a um determinado indivíduo.
Tal como a reacção à intentada implantação generalizada de «chips» nas crianças para evitar rapto e outras inseguranças, também agora as organizações de defesa dos direitos humanos estão a opor-se por se tratar de uma invasão da privacidade por parte do Governo. Entidades da indústria das telecomunicações alertaram, também, que uma única base de dados pode representar um maior risco de ataque ou abuso. Porém, de acordo com o Ministério do Interior, embora os planos ainda estejam numa fase inicial, as companhias de telecomunicações já começaram a guardar os seus registos por um período mínimo de 12 meses.
Realmente, tal base de dados exigiria pessoal muito bem seleccionado e controlado para garantir a segurança da informação. As falhas já encontradas na Inglaterra nos serviços que deviam manter a integridade das bases de dados que guardam informação sensível dos cidadãos, dão força às reacções negativas dos que se dedicam à defesa dos direitos humanos, receosos que esta proposta poderá representar uma maior ameaça do que uma protecção da segurança dos cidadãos.
As fraquezas humanas não dão garantias e não permitem descartar o perigo de um funcionário operador da base de dados os utilizar para uma vingança de alguém com quem se tenha desentendido.
DELITO há dez anos
Há 2 horas
16 comentários:
Cada vez são maiores as ameaças à liberdade individual, e cada vez mais existe o perigo de haver informação confidencial mal utilizada pelas mais diversas razões. A ameaça é real, demasiado real.
Cumps
Guardião,
É como no futebol em que há algumas dezenas de anos se jogava por amor à camisola. Hoje impera o amor ao dinheiro. Também nas polícias quer durante a vida activa quer depois, o detentor de segredos ou de conhecimentos técnicos pode utilizá-los de forma a obter vantagens para ele ou para quem lhe paga.
O perigo aumenta e pode ser pior do que o terrorismo que dizem querer combater. Não esqueçamos que há organizações que pretendem dominar o mundo, para benefício de poucos e já se fala na engenharia genética para criar os dominadores e os que só servem para cumprir ordens.
Abraço
A. João Soares
Como comentário direi que poderá ser "pior a emenda que o soneto".
Na realidade quem possuir tal base de dados terá um poder que utilizado discricionáriamente poderá trazer mais malefícios que benesses. Quanto aos chips utilizados em animais já se usa mas nas pessoas acho isso totalmente descabido. Mas como vão os ventos da História para assim pensarem! Caminhamos para um mundo selvagem e chamam a isso progresso???
Caro Luís,
Hoje o mundo orgulha-se de dizer que vivemos em democracia, mas os defeitos dos ambiciosos políticos não apenas se mantêm, como se desenvolvem, perdendo a noção da decência e da moralidade.
O escritor George Orwell não inventou a sua ficção do «Big Brother», pois nessa altura já Hitler estava a tentar criar um mundo liderado por uma elite de génios bem seleccionados e preparados, ficando o resto da humanidade disponível para obedecer na execução dos trabalhos mais duros, e para isso era preparada para ter muito músculo e pouco cérebro. Só não o conseguiu porque a engenharia genética ainda não estava desenvolvida.
Mas, hoje, já há engenharia genética e já se fazem cruzamentos de humanos e animais, através da manipulação do ADN. Por outro lado a tecnologia da comunicação permite, e cada vez permitirá mais, o controlo das pessoas, para lhes exigir obediência incondicional.
Está a ponto de se concretizar a criação de um Estado único, totalitário, no planeta Terra, como é objectivo do Club Bilderberg, de quem são concorrentes a Maçonaria e a Opus Dei (ver o post «A Comissão Trilateral» aqui colocado em 21 de Abril.
Há uma estratégia feita por homens determinados a alterar a vida da humanidade e o seu plano avança por passos certos e bem coordenados que nem sempre são devidamente interpretados pela massa de populações já propositadamente adormecidas.
Um abraço e bom feriado
A. João Soares
Olá João,
Eu diria que isto até nem seria mau se os homens não fossem imprevisíveis e possíveis de corromper.
Mas, na verdade, se os homens fossem previsíveis e não se deixassem corromper, todo este projecto nem sequer se colocaria, pois viveríamos num mundo ideal e sem terrorismo.
Infelizmente adoptar tal projecto será um perigo, pois existirá sempre alguém no poder que quererá utilizá-lo para controlar as populações que teimam em deixar-se adormecer, cada vez mais, labutando dia-a-dia pela sua sobrevivência.
Onde iremos parar?
É de temer a previsão para o futuro.
Beijos
Alexandra Caracol
Cara Alexandra,
É simplesmente assustador. Na Natureza, os animais vivem na selva em liberdade e entendem-se, em grupos hierarquizados e disciplinados.
Quando o homem domesticou alguns e lhes colocou trela, arnês, arriata, rédea, tornou-os incapazes de sobreviver no meio dos outros, castrou-os, tornou-os deficientes.
É criminoso que alguém queira controlar com rédea curta todos os seres humanos. Depois virão as chantagens do tipo: se não queres que eu diga à tua mulher (ao teu marido) que estiveste com... em tal parte, passa para cá cinco mil euros», etc, etc.
E para que esta solução seja aceite está a ser dada mais publicidade aos raptos, e aos actos de violência, ficando a dúvida se muitos raptos, etc, não serão contratados para criar esta ansiedade pelo controlo.
Beijos
A. João Soares
Lamentável que isto se esteja a passar numa das mais antigas democracias modernas da Europa. O Estado neoliberal não olha a meios para defender os seus propósitos últimos: acabar com a privacidade para criar um único modelo de cidadão. O cidadão-consumidor.
Um abraço das alternativas
Caro Jorge,
Até para o mal é preciso haver inteligência e na Grã-Bretanha sempre houve boas cabeças. E o fenómeno que esta em marcha rápida não escolhe fronteiras, está na época da globalização. Eceptuando os poucos dirigentes da economia mundial, todos os outros seres humanos só contam como mulas de produção e como consumidores. E não podem refilar, porque estão totalmente controlados, por escutas telefónicas, vídeo-vigilância e e-mails. Nunca nenhum ditador conseguiu tanto como agora conseguem os democratas!
Abraço com votos de bom fim-de-semana
A. João Soares
Caro João,
É sempre muito triste quando se põe em causa as liberdades individuais com o intuito da protecção da sociedade.
Eu não me importo de ter menos liberdade se em troca obtiver uma maior segurança.
Agora entendo que deverão haver 2 coisas para as pessoas responsáveis pela gestão desses dados:
- excelentes retribuições pelo seu trabalho;
- duras punições, caso haja falhas.
Caro LFM,
Compreendo a sua preocupação. Mas as «duras punições, caso haja falhas» não são muito viáveis porque as «falhas» começam geralmente a favor dos detentores do poder, criando antecedentes e lassidão que acaba por permitir o abuso para interesse próprio ou dos amigos.
Não é nada agradável uma pessoa ter a sensação de que está sempre a ser observado. E para onde vai a liberdade democrática de avaliar o desempenho dos governantes e de trocar impressões sobre isso a fim de se preparar para votar nas eleições seguintes.
E como preparar um golpe patriótico para afastar governantes corruptos e incompetentes? Nisto já joga o interesse dos poderosos em prejuízo do Estado, da Nação, do País, da Pátria. Eles chamarão a isso terrorismo e subversão. Coitados, procuram defender-se. Veja Myanmar, ex-Birmânia que impediu a tomada de posse do partido que ganhou as eleições de Maio de 1990. e Cuba, e Coreia do Norte, e Sri Lanka, etc.
Abraço
A. João Soares
Com tantos e bons comentários ao seu artigo da ameaça à liberdade, já não terei muito mais a dizer. Apenas que me associo a todos os que, com bastante razão, se mostram preocupados com as novas tentativas para nos "protegerem".
Isto é mesmo um mundo cão e da raça
pitbull ainda por cima.Abraço
Cara Anabela,
Muito grato pela sua visita.
Realmente, neste mundo cão, querem prejudicar as pessoas mis carecidas de apoio, com o argumento de que estão a pretender protegê-las. É preciso que as pessoas despertem da letargia em que as querem manter.
Beijos
A. João Soares
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