Embora já aqui tivesse surgido um comentário a insinuar que só se diz mal, a verdade é que não se cultiva a maledicência nem se fazem ataques pessoais. Referem-se casos que não deviam existir, antes deviam ser evitados ou corrigidos. Da existência de tais casos não temos a mínima culpa e, ao referi-los, usa-se um estilo didáctico e, sempre que possível, sugerem-se pistas para melhor actuação.
Uma boa crítica deixa sempre uma seta para a solução que pareça ser a melhor, embora possa haver mil opiniões diferentes sobre o mesmo assunto.
Neste momento, é justo que, das notícias de hoje se retirem dois casos positivos, para os enfatizar, por poderem servir de estimulo a outros agentes económicos.
1. A jovem marca de calçado portuguesa Goldmud, da empresa Whywhe, foi distinguida com o prémio "Revelação", em Milão, onde decorre, desde ontem e até amanhã, a maior feira de calçado do Mundo.
A representação portuguesa nesta feira é formada por 85 empresas e é a segunda maior do certame, que reúne mais de 1600 empresas do sector de calçado de todo o Mundo.
O prémio "Revelação" foi a grande novidade desta edição e visa "destacar o facto de terem sido criadas, desde o início do ano passado, mais de 60 novas marcas de calçado em Portugal".
2. Quanto aos têxteis, as exportações portuguesas confirmaram, em Junho, a tendência de crescimento desde o início deste ano, com o semestre a encerrar com um aumento global de 1,1%. Em comunicado, e tendo por base os últimos dados do INE, a Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) refere que as vendas de artigos têxteis e vestuário ao exterior somaram até àquele mês perto de 2 128 milhões de euros.
Porém, estes dados, embora animadores não são para embandeirar em arco, porque ainda não cobrem as importações do sector que registaram uma evolução positiva de 4,2% até Junho, com destaque para o vestuário de malha, com 13,4% e de tecido com 6,8% de aumento. Mas, embora seja um sinal débil, poderá ser o inicio de uma recuperação sustentada.
Oxalá os nossos empresários se entusiasmem na inovação e na revelação e aumentem o seu volume de negócios, do qual obterão mais lucro, haverá mais benefício para trabalhadores e fornecedores, pagarão mais impostos e, em resultado do aumento do poder de compra, irão consumir mais e dinamizar o comércio e outras indústrias. O enriquecimento do País depende dos êxitos de cada um e «todos não seremos demais para tornar maior Portugal».
Miguel Sousa Tavares - Uma opinião corajosa
Há 15 minutos
1 comentário:
Bom fim de semana e um abraço.
Enviar um comentário