O défice da balança comercial portuguesa baixou 7,5% no primeiro semestre do ano, para os 8,753 mil milhões de euros, devido ao aumento de 9,2% das exportações, que contrastou com um crescimento de 3,3% das importações, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Entre Janeiro e Junho, Portugal exportou 18,68 mil milhões de euros e importou 27,433 mil milhões. Apesar deste desequilíbrio, o INE diz que a taxa de cobertura das importações pelas exportações melhorou de 64,4% na primeira metade de 2006 para 68,1% no primeiro semestre de 2007.
Nos crescimentos das exportações destaca-se o de 20,3% das exportações de máquinas e outros bens de capital, de 12,2% na categoria de outros fornecimentos industriais, de 11,3% no material de transporte e acessórios e de 10,5% nos bens de alimentação e bebidas. Mas houve uma descida de 27% nas exportações de combustíveis e lubrificantes.
Do lado das importações salienta-se a subida de 13,3% nos produtos alimentares e bebidas. No comércio com a União Europeia, as exportações cresceram 7,4% e as importações 3,5%, permitindo uma redução de 4,4% no défice comercial com a UE.
No entanto, perante a evolução da economia no terceiro trimestre, o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, na entrevista conjunta que deu a dois jornais de economia tinha uma má notícia para o primeiro-ministro, isto é, para dez milhões de portugueses. Os dois anos passados a fazer sacrifícios para pôr o país na ordem podem, afinal, não significar que o mandato do primeiro-ministro vai acabar bem.
Portugal tem de crescer rapidamente para voltar a criar empregos, mas isso parece só ser possível por milagre. Constâncio diz que os riscos para Portugal se agravaram "imenso". Se as coisas correrem mal na economia, então vão mesmo correr muito mal no plano social. Não temos estrutura para viver tanto tempo numa crise. A crise internacional está imprevisível.
Para melhor conhecimento do assunto convém ler os seguintes textos:
Défice caiu 7,5% entre Janeiro e Junho
Exportações portuguesas estão em desaceleração
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3 comentários:
Esta é uma situação absolutamente terrível, que parece nao interessar a nenhum governo deste mundo. Como se poe ir contra a China com esse enorme poder económico que tem. E depois todos têm a boca cheia de palavras como democracia e librdade, etc. Mas tudo está medido pelo dinheiro. Que essa poco esteja por baixo da bota da China nao importa. Esquece-se. É muito triste.
Obrigada por recordá-lo, mas dá-me a impressao que é uma causa perdida, como muitas outras. É melhor ir para o Iraque defender a "democracia" e o petróleo.
Um abraço
Desculpa, querida dizer "esse povo"; com as pressas ficam letras no tinteiro!
Embora seja uma causa perdida, é preciso sermos um pouco lunáticos, utópicos, para estarmos esclarecidos de que as circunstâncias impõem comportamentos menos lógicos. Compreender as realidades pragmáticas é diferente de as aceitar como normais e desejáveis. Temos de estar esclarecidos da directriz óptima e desejável e compararmos, a cada momento, com os resultados práticos a fim de introduzir as rectificações possíveis para reduzir a diferença entre o «bem» e o «mal». Isto sem radicalismos nem extremismos.
Abraço
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