quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Dinheiro não é o essencial

Transcrição de artigo seguida de NOTA

O Steve Jobs da publicidade fartou-se do capitalismo?
Ionline. 18 de Agosto de 2010. Por Vanda Marques

Durante seis anos não disse uma única palavra. O monge Greg Burdulis refugiou-se numa cabana de bambu na Birmânia para reflectir. Enquanto isso, do outro lado do mundo, Alex Bogusky transformava a sua agência de publicidade na mais falada do mundo. O Steve Jobs da publicidade, como foi baptizado, tornou a Crispin Porter & Bogusky na Agência da Década, segundo a revista norte-americana "Advertising Age".

Dedicou duas décadas da sua vida à publicidade, teve clientes como Microsoft, Volkswagen ou Burger King mas bastaram cinco minutos com o monge Greg para perceber que estava com uma crise existencial.

Em Dezembro de 2009 contratou-o para dar aulas de "mindfulness" aos trabalhadores da sua agência, mais ou menos o equivalente a treino da mente, e acabou convertido. Pelo meio, Bogusky, de 47 anos, ainda tentou manter-se na área. Trocou a Crispin pela agência MDC, foi considerado pela revista "Adweek" o director criativo da década, mas não era suficiente.

"Já trabalhei demasiado tempo na publicidade. Não encontro nenhum desafio nesta área", disse "The New York Times" ao anunciar a "reforma". Nem quando lhe ofereceram cerca de 11 milhões de euros Alex Bogusky desistiu da ideia de se demitir. O publicitário, que nasceu em Miami, está decidido e diz que não é uma crise de meia-idade: "Chegas a uma fase em que começas a procurar qual é a tua parte mais genuína." Criado segundo a máxima do pai: "Parte do prazer de ganhar e fazer com que os outros percam", diz agora que quer encontrar o seu lado menos competitivo.

NOTA: Este caso de Alex Bogusky vem juntar-se a outros semelhantes e a várias opiniões conceituadas. Alguns exemplos de leitura com interesse sobre o tema:

- Simplicidade de vida e justiça social
- Dinheiro não dá felicidade
- Mark Boyle: Há um ano sem dinheiro
- Lição de vida dada por um Tuareg
- Dispensar excessos, consumismo e ostentação
- O Homem sensato e a Avestruz

Imagem da Net

Sem comentários: