Transcrição seguida de NOTA:
PSD sem debate de urgência com ministro das Finanças
Público. 02.08.2010 - 14:11 Por Nuno Simas
Execução orçamental
O Parlamento vai continuar de férias. PS, PCP, Bloco e PEV estão contra ideia de reunir Comissão Permanente e Jaime Gama concordou. Sociais-democratas criticam esquerda por indiferença com o “regabofe orçamental” e por abdicar de fiscalizar o Governo.
O PSD queria, mas só teve o apoio do CDS. E não conseguiu agendar uma reunião urgente do Parlamento para discutir a execução orçamental. O PS juntou-se à esquerda, PCP, Bloco e PEV, opondo-se à ideia de a Assembleia da República interromper as férias para a Comissão Permanente reunir de urgência com o ministro das Finanças sobre a derrapagem das contas públicas.
“É um número político de Verão”, afirmou no final da reunião o líder parlamentar do PS, Francisco Assis, salientando que o próprio PSD “reconheceu” que este não era um “assunto excepcional” ao ter admitido que o Governo não estivesse presente na Comissão Permanente. “É a demonstração de que não se queria uma discussão séria, mas sim um número político de Verão”, disse Assis.
Já Miguel Macedo, do PSD, criticou a decisão por o Parlamento se colocar “ao lado” deste debate sobre a derrapagem das despesas e atacou a “indiferença” dos partidos de esquerda por pactuarem com “o regabofe orçamental”. “É urgente, essencial o controlo da despesa pública”, afirmou.
O presidente da bancada social-democrata recusou a ideia de que o seu partido enveredou por um “número político”. O assunto é que era tão importante – a execução orçamental – que faria sentido o Parlamento discuti-lo e exercer a “função mais nobre”: a fiscalização dos actos do executivo. “Com ou sem a presença do Governo”, afirmou.
O CDS era favorável à reunião com o ministro das Finanças, mas queria confrontar o PSD com o seu apoio às medidas de austeridade do Governo que viabilizou e discutir a hipótese do fim dos “chumbos”, admitido pela ministra da Educação.
Tanto a execução orçamental como o “chumbo” nos exames são matérias possíveis para a Comissão Permanente já agendada para 9 de Setembro.
NOTA: O PS e os partidos seus simpatizantes, com a concordância do presidente da AR, consideram que a derrapagem das contas públicas não é motivo justificativo para fazer uma pequena interrupção das férias. Segundo eles, o controlo do gasto do dinheiro dos impostos pagos pelos contribuintes não é tão importante como uns banhos de sol na praia. O facto de se estar em crise haver, desemprego e cortes de ajudas sociais aos mais necessitados, não é sentido no bolso dos políticos e, por isso, o povo que se desenrasque.
São uns anjos celestiais estes nossos eleitos que vivem afastados das dolorosas realidades dos eleitores. As palavras de Francisco Assis são sempre pérolas de sabedoria e bom senso!!!
Imagem da Net.
DELITO há dez anos
Há 8 horas
2 comentários:
As férias estão primeiro e o PCoelho não consegui uma oportunidade para tentar inverter a descida nas sondagens. Nós estamos cá para pagar as derrapagens e os brinquedos (submarinos) de que não há responsáveis pelo esbanjamento.
Cumps
Caro Guardião,
Alguém chamou aos governantes várias coisas entre as quais novos ricos, rurais deslumbrados. Com arrogância em demasia, procuram «fazer figura», com ostentação consumista, esbanjando sem qualquer critério racional o dinheiro dos nossos impostos que são cada vez mais elevados.
Vale a pena ler a notícia Travada despesa de 3,5 mil milhões pelo tribunal de contas que mostra a incúria como é gasto o dinheiro público.
Um abraço
João
Do Mirante
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