Transcrição de crónica seguida de NOTA:
Uma presidência falhada?
Ionline. 21 de Agosto de 2010. Pelo Politólogo Pedro Adão e Silva
Não foi certamente este o final de mandato com que Cavaco Silva sonhou.
Quando regressar de férias encontrará a justiça numa situação insustentável, para utilizar uma expressão que lhe é cara. E convém lembrar que o Presidente é o supremo magistrado da nação, a quem compete nomear, por exemplo, o procurador-geral da República.
O desemprego, por outro lado, mantém-se elevado e o abrandamento do ritmo de crescimento económico já reflecte os efeitos das medidas de austeridade. Ora este presidente candidatou-se com base nas suas credenciais de economista e prometeu uma concertação estratégica com o governo. Como se não bastasse, apesar de oriundo do centro-direita, Cavaco não parece ter neste momento qualquer influência nas direcções do PSD e do CDS, que já falam abertamente de eleições antecipadas e preferiam outro candidato.
Entretanto, há dúvidas sobre se a incerteza quanto à viabilização do próximo Orçamento de Estado desagrada mais a Cavaco ou aos mercados. O Presidente tem portanto dois meses para mostrar o que vale. E não pode dizer que não tem competências em matéria de justiça ou política económica e parlamentar. Mesmo que seja em parte verdade, ao reconhecê-lo estaria a diminuir o cargo em véspera de eleições.
Cavaco vai ter de assegurar alguma ordem no sector da justiça. Vai ter de garantir que o Orçamento passa com uma maioria PS e PSD, numa linha contraditória com a do seu principal adversário.
E vai ter de evitar que às dificuldades económicas se junte uma crise política. O caos na justiça, a instabilidade orçamental e uma crise política seriam as marcas de uma presidência falhada.
NOTA: Para que não seja uma presidência falhada, será preciso muita engenhosidade, autêntico malabarismo, para conciliar factores antagónicos, sendo necessário calcular as taxas de resiliência para assegurar o ponto óptimo em várias situações de difícil equilíbrio. Será conciliar aspectos quase inconciliáveis.
Imagem da Net.
domingo, 22 de agosto de 2010
Conciliar o inconciliável?
Publicada por A. João Soares à(s) 22:32
Etiquetas: avaliação, gestão, ponderação
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2 comentários:
«O desemprego, por outro lado, mantém-se elevado e o abrandamento do ritmo de crescimento económico já reflecte os efeitos das medidas de austeridade.»
Quem escreve isto só pode ser um impostor. Ou será tão estúpido que não compreenda que o emprego não pode diminuir agora e que, mesmo num futuro próximo, só pode aumentar. Idem para o crescimento económico. Não há competitividade nem competência profissional em Portugal e não vai voltar com um toque varinha de condão.
«Cavaco não parece ter neste momento qualquer influência nas direcções do PSD e do CDS»
O Cavaco, embora responsável pela crise, pela falta de competividade, etc., por ser ele a cabeça governo que a causou, não é um neoliberalista como os citados e como o Sócrates. Justiça seja feita, não se pode apenas dizer mal e esquecer o que está bem. Sempre foi mais que evidente que ele não alinharia com nenhum deles. Não tem sido um bom presidente e devia ter passado mais de 20 anos preso pelo mal que fez ao país, mas os outros três são ainda piores.
O autor deste artigo aqui transcrito faz parte integrante da corja de desinformadores que enganaram o povo durante décadas e desse modo o embruteceram. Cria ideias falsas e cenários artificiais que fazem descarrilar o sentido da autenticidade. «A ignorância é a mãe da estupidez» - Victor Hugo. Está bem provado.
Estou bem certo que o amigo teria escrito melhor e mais realisticamente que este autor miserável.
Então o procurador-geral da República não depende do Governo?
O segundo mandato será muito pior. boa semana
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