Segundo noticia o Público, Sócrates disse que as duas palavras-chave para a recuperação da economia nacional são “investimento e exportação”. O entusiasmo com que estes discursos são pronunciados é, por vezes, perigoso por criar expectativas irrealistas. Tem havido no País entusiasmos semelhantes que bateram com a testa no muro, empresas que ou não chegaram a iniciar a produção ou encerraram pouco depois. Algumas mudaram-se para outras áreas geográficas, deixando centenas de pessoas no desemprego com o que isso representa de problemático para as famílias.
Sem dúvida que a exportação constitui um indicador, uma mola de recuperação, pelo dinheiro que entra no País e pelos efeitos que estão a montante, negócio dos fornecedores, trabalho e respectivos salários ao pessoal, remuneração ao capital e lucro, etc. Quanto a isso não há dúvidas. Mas quanto ao investimento, é preciso ter em conta as lições de experiências anteriores, as decisões que conduzam a medidas concretas devem ser muito ponderadas e utilizadas com critérios bem adequados, para não se repetirem erros, em que, com a falácia do investimento, foi esbanjado muito dinheiro com empresas estrangeiras que não se mostraram merecedoras do apoio.
A Alemanha, segundo notícia recente, terá este ano o desemprego mais baixo desde 1992 pois está a obter grande sucesso no combate ao desemprego através das «pequenas e médias empresas e, em especial, do sector de serviços».
Portanto nada se resolve com palavras milagrosas, com uma varinha mágica, mas com análises criteriosas, desapaixonadas quanto a hipóteses mais favoráveis a amigos ou compadres e preparando as decisões tendo sempre em mente o interesse de Portugal e as condições existentes nas realidades dos portugueses, de quem se espera o melhor esforço para a recuperação que os deverá beneficiar. É preciso que todos estejam conscientes de que tudo será organizado para que os benefícios não fiquem concentrados nos que já estão favorecidos, mas sejam distribuídos com justiça social para reduzir o fosso entre os que tudo têm e os de que de tudo carecem.
Imagem da Net.
A Decisão do TEDH (399)
Há 33 minutos
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