Há situações de tal maneira incompreensíveis que ficamos a duvidar se ouvimos ou lemos bem as notícias.
A Entidade Reguladora da Saúde (ERS) identificou entre 200 e 300 clínicas privadas em situação ilegal, por não estarem registadas no organismo. Álvaro Almeida, presidente da ERS, tem a coragem de dizer que "esta é uma situação muito grave porque, se desconhecemos que a unidade existe, não podemos fazer fiscalizações para verificar se cumprem as condições de higiene e segurança". Este senhor deve contactar as polícias para aprender como são aplicadas coimas aos condutores sem carta, porque estes não constam de nenhum registo oficial!!!
Saiba o senhor presidente da ERS que as clínicas em situação ilegal têm clientes, porque publicitaram a sua existência. Logo, se esses clientes sabem que elas existem, também a ERS podia (e devia) saber!!! E, a partir daí, exigir o cumprimento das leis e regulamentos.
Isto dá que pensar sobre a margem de erro da actividade da «Inspecção» ou da «entidade reguladora». Foi preciso chegar às TRÊS CENTENAS, para verem as ilegalidades? O que estavam a fazer quando surgiu a primeira, a segunda, a terceira… e por aí adiante até às 300? Fala-se em tachos dourados com remunerações milionárias mas mais grave do que o alto salário, é o nada que se faz e a ausência de controlo, de avaliação do desempenho, de que tanto se tem falado quanto aos professores mas que deve ser aplicado, com o máximo rigor, a todas actividades remuneradas pelo Estado, isto é, pelos impostos dos cidadãos.
Infelizmente, não é apenas na área da saúde que se espera ver crescer as listas de infractores, sem as detectar com oportunidade e exercer precocemente a acção disciplinadora, pois também as Finanças divulgam mais 3098 nomes de devedores ao Fisco. Pode haver excesso de burocracia que tudo tolhe e empata, mas as leis que regulam tais actividades pode ser alterada radicalmente, ou melhorada da forma mais conveniente, para melhor o serviço que deve ser prestado aos portugueses, de que os cuidados de saúde e a recolha de impostos são parte importante.
Imagem da Net.
sábado, 7 de agosto de 2010
Serviços públicos pouco ágeis e eficazes
Publicada por A. João Soares à(s) 11:35
Etiquetas: fisco, saúde, sentido de responsabilidade
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1 comentário:
A ERS podia não saber, mas a OM sabia:
Ordem com queixas contra médico há cinco anos
Infelizmente a «burocracite aguda» (ou crónica) permite que haja muitos responsáveis de serviços fundamentais, onde o que sabem só interessa se for de origem «oficial». São oficialmente ignorantes!
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