Transcreve-se o texto de um requerimento com perguntas ao Ministério da Educação, tendo, há meses, circulado em e-mails transcrições de artigos da Comunicação Social sobre o assunto a que se refere e, há algumas semanas, cópias deste requerimento. Porém, não há conhecimento de ter circulado a resposta às perguntas nele contidas. Agradece-se a quem as conheça, a simpatia de as colocar aqui em comentário ou de as enviar pelo e-mail constante da ficha de blogger.
Pergunta ao Governo
Nº 2S9/X (3ª)
(04-12-2007)
Assunto: Contratação de advogado para compilação da legislação sobre Educação pelo Ministério da Educação
Exmo. Senhor
Presidente da Assembleia da República,
Segundo foi tornado público em alguns órgãos da Comunicação Social, o Ministério da Educação contratou duas vezes o mesmo advogado para fazer o mesmo trabalho. Segundo a divulgação referida, o advogado teria sido contratado por esse Ministério para levar a cabo um trabalho de compilação que pudesse reunir sob a forma de um «manual de direito da Educação» toda a legislação relacionada com essa área, trabalho cuja contratação previa concluído em Maio de 2006, o que não terá acontecido.
Segundo as notícias veiculadas, a remuneração foi garantida na íntegra, embora não tenha sido concluído o trabalho contratado. Na sequência desse incumprimento de prazos, o Ministério da Educação torna a contratar o mesmo advogado para exactamente o mesmo mandato, mas agora contratualizando uma remuneração significativamente maior. Refere a Comunicação Social que a remuneração passou de 1500 euros/mês no primeiro contrato, incumprido; para 20 000 euros/mês.
Ao abrigo do disposto na alínea d) do Artigo 156° da Constituição da República Portuguesa e em aplicação da alínea d], do n.º 1 do artigo 40 do Regimento da Assembleia da República, pergunto ao Governo, através do Ministério da Educação, que me informe do seguinte:
- Quantos juristas trabalham nos quadros do Ministério da Educação, nomeadamente no plano da assessoria jurídica?
- Que circunstâncias se colocaram a esse Ministério para que decidisse a contratar um advogado para levar a cabo um trabalho de compilação legislativa, ao invés de utilizar os recursos internos do Ministério da Educação?
- Que motivos justificam a nova contratação, sendo que é efectuada exactamente com o mesmo advogado que não cumpriu os anteriores compromissos contratualizados?
- Que motivos relevam para a justificação de um aumento de 1233,33% na remuneração do referido advogado para a realização do mesmo trabalho, assim assegurando uma remuneração de 20 000 euros/mês para a realização do mesmo trabalho antes contratualizado por 1 500 euros / mês.
O Deputado,
Miguel Tiago
Mensagem de fim de semana
Há 2 horas
2 comentários:
ehhehe Não se sabe nem nunca se saberá, a não ser que haja alguma "alma" pérfida que queira denegrir a imagem progressista (de progresso) em que se pretende fazer crer. Claro que há coisas que não interessa saber. É só comprovar em
http://www.dgidc.min-edu.pt/fichdown/inqueritos.pdf
Porque será?
Manuela
Cara Manuela,
É mais um caso de compadrio. De ajuda com dinheiro do Estado aos amigos dos amigos. Trata-se do Dr João Pedroso, irmão do Dr Paulo Pedroso. Tudo boa gente.
O clube dos «tachos dourados» é muito largo, e fica caro aos dinheiros dos nossos impostos.
Abraço
A. João Soares
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