Ministério anula pergunta errada
Segundo o DN, o Ministério da Educação (ME) decidiu ontem anular uma das questões do exame de Física e Química A (715), do secundário, que continha erros, compensando os alunos que fizeram a prova com um acerto na classificação.
Em comunicado, o ME esclarece que "no item 4.2.1, na alínea D da versão 1, e na alínea B da versão 2 [da prova 715] a figura apresenta uma incorrecção que inviabiliza a concretização de uma resposta correcta". Por isso, decidiu que a questão em causa já não conta e que a classificação final dos examinandos é "majorada com o factor 1,0417", para evitar que estes sejam penalizados na classificação final. Por outras palavras, a nota obtida (sem a cotação da pergunta) é multiplicada por esse valor.
Rui Nunes, assessor do ME, desvalorizou o incidente. Está a cumprir o seu «dever» de assessor, para manter o lugar e subir na carreira política.
Onde está a coerência do ministério que deveria ensinar os nossos jovens a serem gente responsável e séria? Por um lado castiga-se severamente o Dr. Fernando Charrua, que não é do partido, por ter dito umas graçolas que não prejudicam ninguém, nem sequer o próprio visado, e a ministra concorda e até recompensa a D. Margarida defensora fiel dos «valores» do partido. Por outro lado alguém, pago para elaborar as provas de exame, cometeu um erro que prejudicou todo o sistema do ensino, todos os alunos que fizeram o exame, e não é submetido a processo disciplinar nem é punido. Por outro lado ainda, os alunos que cometem erros nos exames são prejudicados nas suas classificações. Como se compreende que o professor que errou fique impune? Será um incondicional do partido, como a D. Margarida? Será um boy que interessa ser protegido pelo partido e que foi nomeado para elaborar as provas, não devido à sua competência mas pela sua devoção ao partido ou pela disponibilidade para a delação de charruas?
Errar pode acontecer ao mais competente, mas isso não impede que sofra as consequências.
sábado, 23 de junho de 2007
Ministério da Educação e ambiguidades
Publicada por A. João Soares à(s) 09:17
Etiquetas: Educação, impunidade, irresponsabilidade
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