Relatório OCDE
Vieira da Silva desdramatiza os números da OCDE
O ministro do Trabalho e da Solidariedade Social defendeu hoje que o relatório da OCDE provou que, com as novas regras, o sistema de Segurança Social caminha para a sustentabilidade
José Vieira da Silva disse à agência Lusa que o estudo não fala numa redução das reformas reais, mas sim do que vai acontecer às pensões de reforma com as regras actuais em comparação com o que aconteceria se as regras antigas continuassem em vigor e obrigassem ao pagamento de pensões que o sistema não teria capacidade de comportar.
«Aquilo que o estudo diz não é que as reformas vão baixar, é que se houvesse uma manutenção das actuais regras para a formação das reformas, os portugueses daqui a 30 ou 40 anos teriam uma determinada pensão, e com as novas regras elas seriam mais baixas, mas eu reforço a palavra teriam. Teriam se o sistema as pudesse manter e essas são reformas teóricas, são a forma de cálculo que hoje em dia poucos portugueses chegam lá por não terem uma carreira contributiva tão longa quanto isso», explicou o ministro.
O estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), divulgado quinta-feira depois de uma análise às reformas da Segurança Social nos vários países membros, destacou Portugal (a par do México) como um dos países onde as expectativas de pensões mais se reduzirão, em virtude da introdução das reformas da Segurança Social que passam pelo aumento da idade da reforma e de novas regras para o cálculo das pensões.
De acordo com o estudo, o valor das pensões em Portugal deverá descer, em média, mais de 30 por cento face às expectativas iniciais dos portugueses antes do Governo iniciar a reforma da Segurança Social.
Lusa / SOL
NOTA: Os nossos governantes, embora sem explicações credíveis, afirmam sempre que instituições internacionais e nacionais independentes (como o Tribunal de Contas, por exemplo) estão erradas. Eles é que sabem! E os resultados ficam depois à vista. A crise continua dramaticamente, apesar de nos obrigarem a apertar o cinto durante tanto tempo. Mas, entretanto, não faltam notícias de reformas milionárias acumuladas nos bolsos de ex-políticos.
Já é altura de permitirem que os cidadãos decidam optar pelo desconto para a Segurança estatal ou gerir o seu próprio futuro. Muitos reformados que dispõem de uma pensão exígua, poderiam ser quase milionários se lhes tivesse sido permitido gerir aquilo que lhes foi descontado. Hoje há sistemas de gestão de poupanças muito convidativos. Para isso também daria jeito um ensino de matemática que ajudasse as pessoas a tomar decisões adequadas.
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