terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Uma dúvida pertinente sobre salários

Transcrição do Editorial do jornal gratuito «Global Notícias», de 23 de Fevereiro de 2010, Editorial por Silva Pires, Director

Todos nos habituámos a aceitar que em política não há declarações inocentes. Todos sabemos que criticar é fácil e aplicar a justiça menos simples do que parece. Mas há comentários que obrigam a pensar. Entre eles uma afirmação proferida por Francisco Louçã, no fim-de-semana.

Perguntou-se o deputado bloquista como é possível que um jovem “sem nenhuma carreira profissional” receba dois milhões de euros numa empresa em que o Estado tem dinheiros públicos e como um gestor da banca aufere duas vezes o salário do Presidente dos EUA? É uma dúvida pertinente, num país que não pode pagar mais do que um aumento de dez cêntimos por dia aos reformados.

NOTA: Os lobos comem tudo e os outros pagam os impostos e nem cheiram.

3 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Na realidade "eles comem tudo e não deixam nada"... Se o autor desta canção agora estivesse na nossa companhia quanto torceria a orelha e que diria deles...
São como os lobos que com a "gula" chegam a vomitar o que comeram para poder comer mais... São insaciáveis!!!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

[Pulseira Electrónica!] SALÁRIOS MILIONÁRIOS, À CUSTA DO CONTRIBUÍNTE... http://pulseiraeletronica.blogspot.com/2010/02/salarios-milionarios-custa-do.html

Governo congela salários até 2013!
«O Diário Económico apurou que o PEC vai prever uma política de moderação salarial para a Função Pública até 2013, com metas definidas sobre o peso da factura com pessoal no total da despesa do Estado»

Ora cá vão uns salariozitos que vão entrar em "moderação" e não vão aumentar:

- Fernando Pinto: TAP, 420 000,00 €
- Faria de Oliveira: CGD, 371 000,00 €
- Henrique Granadeiro: PT, 365 000,00 €
- Vítor Constâncio: Banco Portugal, 249 448,00 €
- Guilherme Costa: RTP, 250 040,00 €
- Fernando Nogueira (este não é o ex-PSD que se encontra em Angola): ISP, Instituto dos Seguros de Portugal, 247 938,00 €
- Carlos Tavares: CMVM, 245 552,00 €
- Vítor Santos: ERSE, Entidade Reguladora da Energia, 233 857,00 €
- Amado da Silva (ex-chefe de gabinete de Sócrates): Anacom, Aut. Reg. da Com. Social, 224 000,00 €
- Mata da Costa: presidente CTT, 200 200,00 €
- José Plácido Reis: Parpública, 134 197,00 €
- Guilhermino Rodrigues: ANA, 133 000,00 €
- Pedro Serra: AdP, 126 686,00 €
- António Oliveira Fonseca: Metro do Porto, 96 507,00 €
- Afonso Camões: Lusa, 89 299,00 €
- Luís Pardal: Refer, 66 536,00 €
- Joaquim Reis: Metro de Lisboa, 66 536,00 €
- José Manuel Rodrigues: Carris, 58 865,00 €
- Fernanda Meneses: STCP, 58 859,00 €
- Cardoso dos Reis: CP, 69 110,00 €

Fonte: Jornal SOL de 22/01/2010

E ainda faltam as Estradas de Portugal, EDP, Brisa, Petrogal, todas as outras reguladoras e observatórios...
Enfim é um fartar, vilanagem!!!
E pedem contenção e moderação!!!!

Imaginem o que é pagar um subsídio de férias ou de Natal a estes senhores: ''Tome lá meu caro amigo 350 000 euros para passar férias ou fazer compras de Natal''.

E pagar-lhes esta reforma... É no mínimo imoral e no máximo corrupção à sombra da lei... Até porque estes cargos não são para técnicos, mas são de nomeação política. É isto que lhes retira toda e qualquer credibilidade junto do povo e dos quadros técnicos.

@Fernando Marques
Pulseira Electrónica

A. João Soares disse...

Caro Amigo Luís,

Vivem obcecados pelo dinheiro, como um vício incurável em intensidade crescente. A prermanente ansiedade por mais metal não os deixa viver a vida em paz, têm o espírito em fogo, como se estivessem no inferno. Esquecem que o TER não dá felicidade e arriscam o bom nome e reputação. São alvos de ódios e, um dia, poderão ser alvos de «snipers» ou de utilizadores de miniaturas de catedrais como o Berlusconi já sabe o que isso é.
Mereceriam pena se não suscitassem sentimentos mais agressivos de activa repulsa.
Ainda se tivessem conquistado o cargo pela competência e saber e honestidade!!1 Mas estão nas cadeiras por cumplicidades, trocas de favores, negociatas sem honra e sem vergonha.

Um abraço
A. João Soares