sábado, 21 de março de 2009

Idoso ou velho

Encontrei este texto que publiquei num post tendo-o obtido num anexo de e-mail sem referência ao autor. É dada predominância ao termo idoso em prejuízo de velho. Porém tenho encontrado casos de pessoas que preferem o termo velho sendo dito com carinho e afecto.

Um dia o actor brasileiro, falecido recentemente, Paulo Autran disse na RTP que os colegas o tratam por velho e que ele gostava e estava desejoso de vir a ser ainda mais velho, sinal de continuar a viver. O professor Jaime Nogueira Pinto, numa conferência, disse «nós os velhos» e o auditório reagiu. Então disse que velho é mais positivo do que idoso, porque idoso, é a marca do calendário, e velho é significado de concentração de sabedoria, de experiências, de distanciamento das coisas e de bom senso na avaliação dos acontecimentos e das atitudes de homens públicos.

O velho distingue com facilidade o essencial do secundário e supérfluo. O idoso, pelo contrário, usa e abusa da expressão «no meu tempo», «antigamente» e tem dificuldade em aceitar a evolução, a modernidade, a diferença.

Enfim, uma visão contrária ao texto referido que a seguir transcrevo, embora não concorde com ele, mas que pode servir de ponto de partida para a polémica que os leitores desejarem.


Você se considera uma pessoa idosa, ou velha?
E você que é jovem, como deseja chegar lá ???
Acha que é a mesma coisa?
Pois então ouça o depoimento de um idoso de oitenta anos:
Idosa é uma pessoa que tem muita idade. Velha é a pessoa que perdeu a jovialidade.
Você é idoso quando sonha. É velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende. É velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando pratica esportes, ou de alguma outra forma se exercita. É velho quando apenas descansa.
Você é idoso quando seu calendário tem amanhãs. É velho quando seu calendário só tem ontens.
O idoso é aquela pessoa que tem tido a felicidade de viver uma longa vida produtiva, de ter adquirido uma grande experiência.
Ele é uma ponte entre o passado e o presente, como o jovem é uma ponte entre o presente e o futuro. E é no presente que os dois se encontram.
Velho é aquele que tem carregado o peso dos anos, que em vez de transmitir experiência às gerações vindouras, transmite pessimismo e desilusão.
Para ele, não existe ponte entre o passado e o presente, existe um fosso que o separa do presente pelo apego ao passado
O idoso se renova a cada dia que começa; o velho se acaba a cada noite que termina.
O idoso tem seus olhos postos no horizonte de onde o sol desponta e a esperança se ilumina.
O velho tem sua miopia voltada para os tempos que passaram.
O idoso tem planos. O velho tem saudades.
O idoso curte o que resta da vida. O velho sofre o que o aproxima da morte.
O idoso se moderniza, dialoga com a juventude, procura compreender os novos tempos. O velho se emperra no seu tempo, se fecha em sua ostra e recusa a modernidade.
O idoso leva uma vida activa, plena de projectos e de esperanças. Para ele o tempo passa rápido, mas a velhice nunca chega.
O velho cochila no vazio de sua vida e suas horas se arrastam destituídas de sentido. As rugas do idoso são bonitas porque foram marcadas pelo sorriso. As rugas do velho são feias porque foram vincadas pela amargura.
Em resumo, idoso e velho, são duas pessoas que até podem ter a mesma idade no cartório, mas têm idade bem diferente no coração.
Se você é idoso, guarde a esperança de nunca ficar velho.

3 comentários:

Anónimo disse...

Caro João,
Já conhecia o texto e considero-o menos correcto. Entendo que deveriam ser trocadas as palavras idoso com velho para estar certo. Pessoalmente sinto-me "velho" mas não "idoso" pois a idade é que pesa e não a velhice. Esta dá experiência , conhecimentos e a idade traz consigo decrepitude e doenças. Portanto não me importo de ser "velho", já idoso não quero ser...

A. João Soares disse...

Meu velho amigo Luís,
Continua velho sábio, e que o facto de seres cada vez mais idoso não prejudique a tua experiência de velho conhecedor das nuances da vida para decifrares as manhas de muitos figurões que estragam a nossa existência. Ao menos o pão passa a ter menos sal!!!
A propósito do sal aconselho a visita a este endereço
http://nrpcacine.blogspot.com/2009/03/ate-dizer-chega.html
Um abraço
João Soares

ATILA disse...

Cum milhentas carraças !
Nem velho nem idoso.
Sou USADO !