Menezes fez uma análise rápida da situação da governação do País e referiu, entre outros, os seguintes aspectos:
- "desqualificação da democracia".
- alegada tentativa de controlo da comunicação social,
- cerceamento da liberdade de expressão dos funcionários públicos,
- "invasão de sedes de sindicatos".
- "Os sinais de arrogância são passados ao País e à administração",
- falta de credibilidade das promessas eleitorais do primeiro-ministro.
- Sócrates não disse com honestidade aos portugueses que ia subir todos os impostos, portajar as Scut e reduzir os subsídios.
Referiu, também, para uso interno do partido, o fim do privilégio das elites, a quem lembrou que "nunca estão disponíveis para os combates difíceis, sobretudo os eleitorais". Daqui se conclui que não exageram aqueles que, em diversos blogs, falam de interesses pessoais dos políticos que se sobrepõem aos interesses do partido e do País, o que desvirtua a importância dos partidos e que tem ficado evidenciado na quantidade de votos colhidos pelos candidatos independentes nas eleições autárquicas. Falta uma estratégia com sentido de Estado, uma filosofia em que sejam defendidos os valores que devem sustentar a evolução para um futuro melhor das pessoas.
Disse também "não consentirei que um movimento de fraccionamento e de vingança seja accionado no partido". Isto vem dar força aqueles que dizem que a ambição pessoal dos políticos, os leva a manobras emotivas e colocam de lado os interesses não só nacionais, mas também partidários.
Este líder partidário deixou claro que o partido não precisa de notáveis que não trabalhem, nem dêem a cara. A generalidade dos políticos são muito comedidos e cautelosos na aparição pública com ideias claras e bem comunicadas!
Em poucas palavras, mostra como o estofo moral e a cultura dos que estão chegados à frente, nada tem a ver com a séria ciência e arte de governar um País em que um dos principais objectivos devia ser a criação de emprego e o aumento da felicidade do povo e as suas condições de vida.
É mais um lindo discurso de líder político, que pode não ir além do discurso. Mas, mesmo assim, é vantajoso que quem conhece o regime por dentro elabore análises concretas e esclarecidas, que com o correr do tempo, poderão vir a constituir um manual de civismo e ciência política.
Paralelamente a este tema, convém ler os seguintes posts:
Mais Um, em Mentira
Não se resignar, em Do Miradouro
domingo, 14 de outubro de 2007
A política e os cidadãos
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