Transcreve-se uma parte do Editorial do DN de hoje que responde à dúvida colocada no post Rumo político ou incoerências? Mostrando que o PS coloca os seus interesses partidários acima dos interesses de Portugal e dos lisboetas. Para o partido do Governo, acima de governar o País, está a politiquice de pensar na posição do partido em relação aos outros partidos. A competição pelo poder está acima da resolução dos problemas que preocupam os eleitores, os contribuintes. Ninguém argumenta em termos de resolução dos problemas que preocupam as pessoas, mas somente em se o partido ganha ou não se tem mais hipóteses de ganhar com este ou aquele candidato. Assim vai a política com p minúsculo, em Portugal!
José Sócrates confirma hoje António Costa como o candidato do PS à Câmara de Lisboa. A decisão não é de rotina. Abala a estabilidade do Governo em vésperas de um período delicado - a presidência da União Europeia - e, como a vitória não está garantida, encerra riscos altos para o primeiro-ministro.
Note-se que, conquistada a maioria absoluta, José Sócrates perdeu em toda a linha: primeiro as presidenciais, depois as autárquicas, há dias teve o pior resultado desde 1984 na Madeira. Uma derrota em Lisboa seria, portanto, a quarta votação de protesto contra o Governo. E Sócrates sabe que, embora iguais, as eleições autárquicas da capital são diferentes. Enquanto numa pequena câmara do interior alguém popular na terra é garantia de vitória, em Lisboa - ainda por cima numa data tão convidativa à abstenção (1 de Julho) - a influência da força partidária e da política nacional são os factores que mais ordenam.
Compreende-se assim a opção de Sócrates.
Sem soluções boas, o primeiro-ministro escolheu aquela que lhe dá mais garantias. Em Lisboa, porque no Governo a saída de Costa é um enfraquecimento adquirido.
O dia mais longo do ano
Há 1 hora
2 comentários:
Quer-me a mim parecer que o "engenheiro" Socrates, deve ter algum diferendo com o "amigo" Costa e quer enterra-lo para nao lhe fazer sombra!
Ou muito me engano ou vamos assistir a nova derrota do PS.
Um abraco amigo d'Algodres.
Quanto à derrota, tudo é possível. Mas não quero fazer prognósticos, antes do fim do jogo!!!
Quanto ao eventual diferendo, nada me espanta e isso vem dar razão à teoria de que eles não pensam no País mas apenas no partido, e mais do que neste, pensam nos seus interesses pessoais. Não nos esqueçamos dos autarcas que saíram do partido e avançaram como independentes: Oeiras, Gondomar, Felgueiras, agora a Roseta, nas Presidenciais, o Alegre. Fica provado que esta fauna é extremamente egoísta e põe o seu ego acima de todos e de tudo.
E há pacóvios que lhes dão o voto!!!
Um abraço amigo
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