sábado, 19 de maio de 2007

CGD explora como qualquer banco

Embora custe a ACREDITAR nesta notícia, que já tinha recebido há tempos, ela torna-se credível depois de saber que os custos dos serviços da CGD (alguns eram gratuitos) subiram para o nível dos bancos privados, transcreve-se este e-mail recebido, seguido de comentário do remetente:

Caixa Geral de Depósitos - Os Vampiros do Século XXI

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a enviar aos seus clientes mais modestos uma circular que deveria fazer corar de vergonha os administradores - principescamente pagos - daquela instituição bancária.
A carta da CGD começa, como mandam as boas regras de marketing, por reafirmar o empenho do Banco em «oferecer aos seus clientes as melhores condições de preço/qualidade em toda a gama de prestação de serviços», incluindo no que respeita «a despesas de manutenção nas contas à ordem».
As palavras de circunstância não chegam sequer a suscitar qualquer tipo de ilusões, dado que após novo parágrafo sobre racionalização e eficiência da gestão de contas», o «estimado/a cliente» é confrontado com a informação de que, para «continuar a usufruir da isenção da comissão de despesas de manutenção», terá de ter em cada trimestre um «saldo médio superior a EUR1000, ter crédito de vencimento ou ter aplicações financeiras» associadas à respectiva conta.
Ora sucede que muitas contas da CGD, designadamente de pensionistas e reformados, são abertas por imposição legal. É o caso de um reformado por invalidez e quase septuagenário, que sobrevive com uma pensão de EUR243,45 - que para ter direito ao piedoso subsídio diário de EUR 7,57 (sete euros e cinquenta e sete cêntimos!) foi forçado a abrir conta na CGD por determinação expressa da Segurança Social para receber a reforma.
Como se compreende, casos como este - e muitos são os portugueses que vivem abaixo ou no limiar da pobreza - não podem, de todo, preencher os requisitos impostos pela CGD e tão pouco dar-se ao luxo de pagar «despesas de manutenção» de uma conta que foram constrangidos a abrir para acolher a sua miséria.
O mais escandaloso é que seja justamente uma instituição bancária que ano após ano apresenta lucros fabulosos e que aposenta os seus administradores, mesmo quando efémeros, com «obscenas» pensões (para citar Bagão Félix), a vir exigir a quem mal consegue sobreviver que contribua para engordar os seus lautos proventos.
É sem dúvida uma situação ridícula e vergonhosa, como lhe chama o nosso leitor, mas as palavras sabem a pouco quando se trata de denunciar tamanha indignidade.
Esta é a face brutal do capitalismo selvagem que nos servem sob a capa da democracia, em que até a esmola paga taxa. Sem respeito pela dignidade humana e sem qualquer resquício de decência, com o único objectivo de acumular mais e mais lucros, eis os administradores de sucesso .

Medite e divulgue . . .
Cidadania é fazê-lo, é denunciar esta pouca vergonha que nos atira para a miserabilidade social.

NOTA do Amigo Faria
Conforme me foi solicitado, aqui vai, mas na minha opinião a Segurança Social não tem nem pode exigir o difícil se não impossível para estes casos.
O que deve fazer é enviar cheque ou vale do correio com o valor mensal respectivo para o beneficiário cidadão em causa.
Eu bateria a todas as portas: 1.º Exposição à segurança Social a solicitar o envio pelo correio e sobre a desnecessária e impossibilidade de abrir conta.
Se insistissem solicitaria o livro de reclamações e aguardaria a resposta.
E se esta não fosse compatível com o pretendido escreveria para o Ministério da Segurança Social, ao Ministro, ao Secretário...
Só continuamos a ser "comidos" porque não nos damos ao trabalho de exigir, de informar, de comunicar, de protestar, com coerência, realismo e cidadania!!!
Era assim que eu faria, ou não fosse FARIA!

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