sábado, 7 de agosto de 2010

Falta coragem para eliminar o perigo nuclear

Completaram-se ontem 65 anos sobre a destruição de Hiroshima e de 200 mil vidas humanas assim como a interdição de vasta área. Felizmente, tem havido o bom senso de não repetir tal barbaridade, mas o perigo não desapareceu e os acidentes têm sido repetidos. Recordo o post Nuclear. Insanidade globalizada que evidencia a falta de verdadeira vontade e de coragem para eliminar o perigo nuclear.

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon apela ao fim da "sombra nuclear" no mundo. Mas os seus poderes são praticamente nulos e e as suas palavras não influenciarão os detentores de tão perigosas armas que, sendo disseminadas, como é natural que aconteça, porque todos os Estados têm direito a possuí-las, constituirão uma ameaça terrível, quer sejam usadas como arma ou sofram acidente.

Nesta data, em que a Rússia está em acesa luta contra os fogos florestais, Chernobyl volta a pairar sobre regiões da Rússia, pois se não forem controlados os fogos na região de Bryansk, podem libertar-se para a atmosfera partículas radioactivas altamente nocivas para a saúde, existentes no solo desde o acidente na central nuclear de Chernobil.

«Desde a catástrofe nuclear de Chernobyl, há mais de 20 anos, que zonas de Bryansk permanecem contaminadas. No terreno, já não podem actuar pessoas. Os fogos estão a ser combatidos por robôs. Ninguém pode aproximar-se da área.

Cerca de 400 mil pessoas vivem na região,
situada a 300 quilómetros de Chernobyl. Na Internet, já circulam relatos de pessoas aterrorizadas, que partilham o seu medo em blogues pessoais.

Segundo as agências internacionais, mil funcionários do centro de investigação nuclear de Zarov, o mais importante do país, a Este de Moscovo, estão a retirar todo o material radioactivo e explosivo em cerca de cem camiões.»


Portanto, não faltam vozes de pessoas sensatas a alertar contra o perigo das armas e da energia nuclear. Resta esperar que os governantes de todos os Estados tomem consciência dessa ameaça latente e se mostrem sensatos e determinados a tomar medidas adequadas.

Imagem da Net.

4 comentários:

Beezzblogger disse...

Bom dia Amigo, segundo os especialistas, eu li agora já não sei onde, mas li, a energia nuclear é a mais completa e mais barata do que a do petróleo por exemplo. Claro está, que só devia ser utilizada para os devidos efeitos, ou seja, ENERGIA pura e dura. Mas a ganância dos homens, leva-nos a andar com as calças na mão e a rezar para que eles não se lembrem de a usar em bombas.

O homem acabará por se auto destruir, devido à sua Ganância e estupidez natural.

Abraços e bom Sábado.

Carlos Rocha
Beezz

A. João Soares disse...

Caro Carlos Rocha,

Não tenho dúvidas sobre o baixo preço da energia nuclear. Se as instalações são caras, a matéria consumível é barata e abundante.
Mas há o perigo de acidente que não deve ser negligenciado. Só sociedades com pessoas dotadas de elevado sentido de responsabilidade e com um controlo rigoroso as deviam ter. Tem havido pequenos acidentes em várias centrais nucleares, mas o de Chernobil foi demasiado destruidor e deve ser relembrado para que não deixe de ser meditado.
É certo que o petróleo não é isento de acidentes, como se viu na plataforma Deepwater Horizon da BP no Golfo do México e nos grandes prejuízos na fauna marítima, mas mesmo graves, têm uma incidência geográfica e temporária mais reduzida.

Caro Carlos, como se interessa pela «resiliência», ela aplica-se nas decisões sobre estes casos complexos.

Um abraço
João
Do Mirante

Beezzblogger disse...

Caro Amigo A João Soares, eu concordo consigo, por isso disse que "O homem acabará por se auto destruir, devido à sua Ganância e estupidez natural."

Mas como ninguém parece ser capaz de controlar efectivamente a energia nuclear, veja-se a ameaça do Irão, também verdade seja dita, que não confio em ISRAEL e nos EUA. Se estes últimos tem a mania que são os Polícias do mundo, eu pergunto quem os irá policiar a eles?

É uma questão que me intriga bastante.

Abraços e bom sábado.

Beezz
Carlos Rocha

A. João Soares disse...

Caro Carlos Rocha,

Os sábios que há cerca de 2000 anos criaram a Bíblia, o manual do cristianismo, não deixaram de prever o Apocalipse. De uma maneira ou de outra o homem está a preparar tudo para a autodestruição. Houve um texto que circulou sobre uma hipótese de agravamento do acidente no Golfo do México que se viesse a ser realidade, seria o fim na vida na Terra.

Mas seria bom que o ser humano se tornasse mais racional e solidário com o seu semelhante, para viver em paz sem conflitos. Quanto à arma nuclear já expressei u«o meu pensamento no primeiro post linkado no texto. Nunca esqueça que os americanos foram os únicos a usarem a arma nuclear e confessam ter em armazém uma grande quantidade delas.
É pena que a ONU não tenha autoridade para impor a paz e a eliminação de armas demasiado perigosas. Há dias escrevi num post acerca da ONU o seguinte:

O mundo está á Mercê do Conselho de Segurança onde imperam os vencedores da II Guerra Mundial (há mais de meio século), do G8 e do G20, constituídos pelos detentores de mais poder económico e financeiro. Ninguém destes detém sensibilidade para os problemas que afligem os países mais pobres, as populações mais exploradas e desprezadas. (...)

Para sentir a gravidade dos problemas que afligem os povos mais pobres, haveria conveniência em criar um Conselho para a Paz e Justiça Social Global, ou com outro nome parecido, que fosse constituído por 10 a 20 elementos eleitos pelos 50 países menos populosos e com menor PIB/capita.

A nossa sorte está entregue aos mais ricos dos capitalistas mundiais, sendo eles que ordenam aos governantes as guerras que devem fazer. O Obama parecia que ia dar um rumo diferente, mas os verdadeiros poderosos não lhe permitem lesar os interesses das grandes multinacionais.

Estamos novamente no feudalismo, com a grande diferença de que os senhores feudais não são da nossa aldeia mas do mundo, da globalização através das multinacionais.

Um abraço
João
Só imagens