segunda-feira, 26 de julho de 2010

Freeport. Nada elimina suspeitas e dúvidas

Depois de muitas suspeições e dúvidas, possivelmente, algumas com má intenção, o caso Freeport parece próximo do fim. Como não há burka que substitua a clarificação dos factos, as suspeitas e dúvidas nunca desaparecerão, como se deduz dos títulos seguintes, extraídos de entre muitos outros:

- Relação tensa entre Ministério Público e PJ
Diário de Notícias. 26-07-2010

- Advogados alertaram ingleses para entraves dos partidos
Diário de Notícias. 26-07-2010. Por Carlos Rodrigues Lima

- Milhões de euros sem rasto no Freeport
Jornal de Notícias. 19-07-2010. Por Nuno Miguel Maia

- Contas de Sócrates não foram investigadas
Diário de Notícias. 26-07-2010

Imagem da Net

4 comentários:

Zé Povinho disse...

As aparências fazem com que Sócrates saia mal desta história toda, mas mais por causa do que não se investigou do que pelo que se sabe, e ficou na gaveta da Justiça.
Abraço do Zé

A. João Soares disse...

Caro Zé Povinho,

O texto conduz a essas conclusões.
Mais do que as certezas comprovadas, há as suspeitas e as dúvidas que são demasiado corrosivas e impedem que se tenha confiança naqueles que delas são objecto. Em qualquer momento mais crítico na vida das pessoas que foram alvos das suspeições estas podem vir à tona com o seu veneno corrosivo. Em terras de gente honesta e com sentido da honra, há pessoas que não resistem ao peso na consciência e acabam em suicídio.

A única solução válida teria sido a total transparência sem pressões sobre os juízes. Por pior que fosse o veredicto, o futuro seria mais tranquilo e seguro.

Um abraço
João
Do Miradouro

A. João Soares disse...

Três interessantes notícias que parecem não esclarecer as suspeitas e dúvidas ou a independência e isenção da Justiça. Vejam-se as perguntas que não chegaram a ser colocadas a Sócrates:

- Freeport: MP conclui que tudo não passou de "tentativa de extorsão"
- Sócrates: “A verdade acaba sempre por vir ao de cima”
- Freeport: Procuradores quiseram ouvir Sócrates mas não tiveram tempo

A. João Soares disse...

No caso Freeport, poderá ter havido actos pouco edificantes, e surgido muitas suspeitas e dúvidas mas, embora o processo tenha sido encerrado, a falta de clareza e esclarecimento das dúvidas e suspeitas não eliminaram estas, e elas continuam a ser corrosivas da imagem das pessoas visadas. Vejamos as notícias seguintes:

- Freeport: MP conclui que tudo não passou de "tentativa de extorsão"

- Sócrates: “A verdade acaba sempre por vir ao de cima”

- MP sem tempo para fazer 27 perguntas a Sócrates

- Freeport: Procuradores quiseram ouvir Sócrates mas não tiveram tempo

- Freeport: Pinto Monteiro vai abrir inquérito a questões processuais

- Ninguém pediu mais tempo para inquirir Sócrates

De tudo isto, um leitor normal nada encontra que permita tirar conclusões seguras, mas que o cheiro exalado não é nada saudável é uma certeza. É lógico que a falta de transparência leve a suspeitar de que haja cadáveres escondidos no armário.