segunda-feira, 19 de julho de 2010

Avanços e recuos

Sobre o tema da notícia Ministra do Trabalho anuncia aumentos salariais mas recua logo a seguir abundam os títulos nos jornais de hoje, o que pode ser considerado um sinal de vitalidade da comunicação social que não deixa passar este sintoma patológico dos governantes.

Efectivamente, recuar numa decisão depois de as circunstâncias se terem alterado e exigirem uma revisão da solução adoptada, é virtude, é o sensato controlo e adequação à realidade. Mas recuar logo após a decisão, ou a um anúncio impensado é morbidez mental, incompetência e irresponsabilidade.

É sinal que o desleixo foi ao ponto de não seguir a norma de Pensar antes de decidir, da ausência de noção dos limites das suas atribuições.

E os efeitos na imagem do Governo e navida dos portugueses são catastróficos pois, com os sucessivos avanços e recuos, ninguém sabe quando pode acreditar nos políticos, ou se alguma vez poderá ter confiança naquilo que eles dizem!!! Fica sempre a dúvida de uma frase aparentemente convincente e credível não passar de mais um «balão de ensaio»

Enfim, governar um país não é tarefa para qualquer ousado, atrevido, deslumbrado pelas benesses e honrarias; é tarefa que exige qualidades especiais que não estão ao alcance de qualquer um.

É urgente que se crie um Código ou compromisso alargado e duradouro com normas simples mas abrangentes para bem governar.

Imagem da Net.

2 comentários:

José Lopes disse...

Falta de coordenação ou o lançamento de um isco para "apalpar" terreno? Seja lá o que for não abona nada em favor da credibilidade (se é que ainda existia) do governo.
Cumps

A. João Soares disse...

Caro Guardião,

É realmente lamentável que os governantes não tenham credibilidade entre os cidadãos. Deveriam ser respeitados, admirados, ser tidos como exemplos, mas acontece o contrário.
São imaturos, sem preparação, sem bom senso, mas abunda-lhes a arrogância, a ambição de riqueza.
Portugal tem de descobrir pessoas competentes para desempenhar estes cargos.

Um abraço
João