Em 1867, «O Distrito de Évora» publicou as seguintes palavras de Eça de Queiroz:
«ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção, nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao caso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?»
NOTA: Não creio que Eça de Queiroz fosse um mago adivinho, mas lamento imenso que os portugueses não tenham melhorado, modernizando-se, nestes últimos 143 anos, que não sejam capazes de produzir representantes mais preparados para as suas responsabilidades e que não sejam capazes de punir severamente os políticos cujos comportamentos correspondam à vacuidade da primeira parte e, principalmente, aos vícios e manhas da segunda parte do texto. As realidades estão espelhadas no texto publicado em «Os génios que nos governam». O ser humano, embora beneficiando de tecnologias e ferramentas cada vez mais modernas, está pasmado num pântano mais em regressão do que em estagnação. Venha um filósofo, um líder, que dê o sinal de partida para reformar a civilização actual, por forma a merecer a alta tecnologia de que dispõe.
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A Necrose do Frelimo
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