sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Controlo da Comunicação Social

Transcrição:

O ‘plano’ de Sócrates à beira das eleições
Por Ana Paula Azevedo e Felícia Cabrita
Face oculta

O SOL revela os despachos dos investigadores do ‘Face Oculta’, em que estes defenderam um inquérito ao mais alto nível: estava em curso um ‘plano’, com o primeiro-ministro à cabeça, para controlar a TVI e outros media.

A explicação surge de forma simples e sem margem para dúvidas: surgiram «indícios muito fortes da existência de um plano em que está directamente envolvido o Governo, nomeadamente o senhor primeiro-ministro» , visando «a interferência no sector da comunicação social e afastamento de jornalistas incómodos». Isto a três meses das eleições legislativas e com «prejuízo» para a PT.

Os órgãos e as pessoas visadas nesse «plano» eram, em primeiro lugar, a TVI, José Eduardo Moniz e Manuela Moura Guedes. Mas mais: «resultam ainda fortes indícios de que as pessoas envolvidas no plano tentaram condicionar a actuação do senhor Presidente da República».

Estas são as palavras usadas pelo procurador da República e pelo juiz de instrução do processo ‘Face Oculta’ para fundamentar os despachos que deram, em final de Junho do ano passado, mandando extrair certidões para que fosse instaurado um inquérito autónomo ao referido «plano», que consideravam consubstanciar um crime de «atentado contra o Estado de Direito».

São estes despachos – até agora desconhecidos, do procurador João Marques Vidal e do juiz de instrução António Gomes – que o SOL revela e publica nesta edição. A sua leitura integral, bem como das principais escutas telefónicas que os suportam, permite perceber as razões por que dois magistrados consideraram que devia ser instaurado um inquérito que visaria directamente o primeiro-ministro e vários gestores da área do PS, alguns já arguidos no ‘Face Oculta’

Sobre isto o Gabinete do primeiro-ministro recusa reacção para já.

NOTA: Esta notícia ajuda a colocar as peças do puzzle que têm vindo a público. O confessado amigo de Sócrates e «cliente» do magalhães, pode eventualmente servir de modelo a seguir para a «estabilidade» política tão desejada por quem detém o poder.

6 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Para não me repetir lembro o comentário feito no post seguinte, pois não me tinha apercebido deste agora aqui igualmente colocado.
É tudo uma pouca vergonha, mas espero que seja o Principio do Fim "dele e seus capangas"!
Um abraço amigo.

Pedro Coimbra disse...

Caro João Soares,
Aterrador, é só isso que posso comentar.

A. João Soares disse...

Caro Pedro Coimbra,

Sem dúvida que é aterrador e ameaçador do futuro que se está a pretender criar para os vindouros.
O poder absoluto concentrado em mãos de pessoas pouco dadas a ética, Justiça, justiço social, e civismo não é nada tranquilizante, a não ser para os que dele beneficiam directamente sem limites.

Um abraço
João

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Teoricamente o princípio do fim é logo que se inicia qualquer tarefa, porque tudo o que tem começo tem fim!
Mas neste caso o fim está distante porque o povo demite-se do seu direito dd cidadania e esquece que é ele a sede da soberania, por estarmos em democracia. O povo aceuita tudo até que explode e essa explosão pode ser muito prejudicial, pelo que seria mais profícuo ir avisando o poder para se temperar nas suas atitudes de arrogância primária.
Os abusos nunca conduzem a um fim duradouro e feliz.

Um abraço
João

LLEAL disse...

Prezado João,

Como escritor e admirador da cultura portuguesa, tomei a liberdade de colocar-me como seguidor de seus blogs. Considerando que um de meus livros (Terra sonhada), tenta espelhar a força e beleza da cultura Açoriana e os vinculos que mantenho com Portugal, acredito que será muito produtivo para mim passar a acompanhar tanto sua posição pessoal quanto a de seu grupo de seguidores.

Ficaria honrado com sua visita e possivel condição de seguidor em meu Blogspot.

http://llealenglishcourse.globspot.com

A. João Soares disse...

Caro L Leal,

Obrigado pela sua visita. Já coloquei o seu link aqui. Diga-me se o L é de Lourenço. Tive um amigo com tais apelidos. E em 1969-70 tive oportunidade de conhecer com muito pormenor a ilha de S.Miguel (onde vivi um ano) e também as Terceira e Graciosa.


Abraço
João