sábado, 20 de fevereiro de 2010

«Confio muito em mim»

Os coleccionadores de pensamentos de gente célebre talvez tenham dificuldade em saber o autor desta frase, tão elucidativa:

"Eu confio muito em mim e por confiar muito nas minhas capacidades e nas minhas convicções, dizem que sou autoritário".

Terá sido pronunciada por: Cristo? Maomé? Gandhi? Lutero? Martin Luther King?, Dalai Lama? Einstein?, Descartes? Pinochet? Salazar? Franco? Churchill? De Gaulle? Eisenhower? Mao Tse Tung? …

Certamente, nenhum deles se pronunciou em público a seu respeito nestes termos.

Mas tenho dúvidas que Adolfo Hitler, Pinochet, Hugo Chávez, Robert Mugabe, Idi Amin, Muamar Kadafi tenham dado tal mostra de vaidade, convencimento de infalibilidade, autoritarismo, despotismo ou ditadura.

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6 comentários:

Luis disse...

Caro João,
Já sabíamos que era vaidoso agora até este ponto é que achamos demasiado, e tudo quanto é demais não presta, lá diz o povo que é sábio!
Francamente, temos que cá chamar Juan Carlos para ver se "ele" se cala... e de vez!!!
Desculpa-me mas levei este post para a Tulha!
Um abraço amigo.

A. João Soares disse...

Caro Luís,

Como sabes, aos 31 anos, iniciei um curso, que hoje se diria de pós-graduação, de três anos seguido de estágio de um ano, em que se era preparado para assessorar a tomada de decisões, estudo do problema e de todos os factores que o afectam, alinhar todas as hipóteses viáveis, compará-las face a todos os factores e à finalidade pretendida e terminar com uma proposta devidamente justificada, que poderia ser ou não a escolhida pelo decisor.

Depois, era feita a elaboração das directivas resultantes da decisão, e o acompanhamento e controlo da execução e planos dos reajustamentos necessários, devidos ao evoluir dos factores implicados.

Isto é só para dizer que nunca era usada a opinião pessoal, mas apenas a análise dos dados existentes, nunca ninguém se gabava das suas qualidades, das suas capacidades.

Também, nas biografias de gente célebre nunca vi que uma delas se gabasse de ser infalível ao ponto de «confiar muito em si e nas suas capacidades e convicções».

Estas palavras fazem imaginar virem da cabeça de um indivíduo vocacionado para ser o pior ditador jamais existente em qualquer momento da história universal. São palavras de uma infelicidade total, o que demonstra um cérebro pouco saudável, pouco consciente das realidades e das suas responsabilidades, em democracia.

Um abraço
João

José Lopes disse...

Já que poucos o gabam...
Admiro a humildade (?) do fulano ao tentar comparar-se ao Mandela.
Deslumbrado!
Cumps

A. João Soares disse...

Caro Guardião,

Como se pode levar a sério uma pessoa assim? É dos tais a quem não se pode comprar um carro usado!
E seria tão bom para Portugal que pudéssemos ter confiança no chefe do Governo!

Um abraço
João

Anónimo disse...

Elucidativo quanto baste! Se dúvidas houver, claro...

A. João Soares disse...

Caro André Miguel,

Assim se auto-define um crânio vazio, oco, sem matéria cinzenta, mas com a mania de ditador. E, infelizmente, há seguidores fanáticos.

Um abraço
João