Temos vivido momentos em que se coloca a dúvida se os políticos são seres humanos sensíveis ao que se passa na realidade nacional, com os cinco sentidos em bom estado de funcionamento. Mas agora chega a noticia «PS apoia ofensa de candidato a deputado» que nos mostra que o PS tem os pés bem assentes no chão e conhece o que são os políticos portugueses.
O deputado, além de apoiado, poderá vir a ser elogiado por ter dito uma expressão ("filho da p...") definidora a esse adversário como representante de todos os outros candidatos. Será? Aliás, mesmo dentro da AR têm sido ouvidas acusações menos elogiosas do que aquela. É a realidade partidária a que o PS (tal como os outros partidos) não escapa. Existe, é real!
Eles conhecem-se muito bem e sabem o que dizem quando chamam nomes feios uns aos outros. Porém, não sabem o que é respeito nem mesmo aquele que é estritamente protocolar e institucional. Insultam órgãos que devem ser respeitados por todos os portugueses, como a Presidência da República, a própria AR, o Tribunal de Contas, o Tribunal Constitucional, o Procurador Geral da República, etc, etc.
Perante isso, alguém tem autoridade moral para exigir respeito dos portugueses seja ao que for?
E como estamos em vésperas de eleições, alguém pode conscientemente exercer o direito de soberania votando naquele candidato a quem o deputado João Galamba: chamou "filho da p..."? Ou no João Galamba? Ou em qualquer dos outros candidatos que uma vez ou outra mereceu tal epíteto ou outro mais pessoalmente ofensivo? Ou numa lista que tem no seu seio arguidos, suspeitos ou «filhos da p…»?
E perante estas provas de falta de civismo, de credibilidade e de merecimento do nosso respeito e da nossa confiança, perante as próximas eleições, ficamos como o tolo no meio da ponte sem saber para que lado avançar, que escolha fazer, quem eleger e resta a atracção lógica, racional e com muita ética (palavra que alguns líderes utilizam sem lhe saber o sentido pois as decisões que tomam assim o demonstram) reduzir a opção do voto ou pata o branco ou para o nulo.
Miguel Sousa Tavares - Uma opinião corajosa
Há 26 minutos
3 comentários:
Amigo A. João Soares
Por serem filhos de boa gente, não significa que o sejam também.
Penso que os portugueses que põem em prática diária, por princípio natural e humano, os valores da honestidade, da honra, da verdade e de todos os demais que são a base da nossa civilização, penso que somos muitos, deveriam marginalizar, estes políticos, deixando-os a vociferar sozinhos no circo que eles próprios construíram. Que eles próprios sejam a sua assistência que se aplaude com cumplicidade, merecem-no. Penso que esta deve ser a moral, ignorar quem não tem qualquer moral...
Estou de acordo, nulo ou branco, sob pena de se auto elegerem absolutamente.
Um abraço
Carlos Rebola
Caro Carlos Rebola,
Parece que não há dúvidas quanto ao seu raciocínio lógico. Enquanto o povo não tiver condições de os eliminar definitivamente, deve negar-lhes o voto através do BRANCO ou NULO. Eles que se auto elejam. No Domingo, uma senhora cujo marido já foi presidente de uma junta de freguesia, disse que vai votar PSD porque tem nisso alguma esperança de termos um governo razoável. É um argumento de quem joga na lotaria ou no euromilhões, com uma esperança de pequena probabilidade.
São todos iguais como se viu na aprovação da lei de financiamento dos partidos em que todos concordaram.
Agora todos concordam numa «etica» política em que qualquer arguido ou suspeito pode vir a ser um «digno» deputado que pode chamar «filho da p...» a um amigo deputado ou «mandá-lo para o c...» em plena actividade da AR a ser filmada pelo vídeo.
Um abraço
João Soares
Caríssimos Amigos,
Para mim todos os partidos com assento na Assembleia da República perderam a credibilidade já há algum tempo daí eu não votar em nenhum deles! Cada um é pior que o outro senão veja-se: quando um elemento do partido A é acusado de algo logo esse partido vai arranjar um elemento do partido B para ser crucificado tentando com isso tapar as bocas que se levantavam. Mas isso só vem demonstrar que todos eles, na sua grande maioria, são pessoas menos credíveis e só estão na politica para se servirem através dos partidos que os acolhem. É tudo a mesma m....! Venha o Diabo e escolha!!!
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